Gilson Kleina completou nesta quinta-feira um ano no comando do Palmeiras. Neste período, foram 67 jogos, 33 vitórias, 15 empates e 19 derrotas, ou seja, um aproveitamento de 56,71%. Os números não parecem agradar a todos palmeirenses e hoje a dúvida é se ele fica para o centenário ou não. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira, o treinador explica por que merece ficar em 2014 e diz que no ano que vem o trabalho será mais fácil.

continua após a publicidade

O treinador, que foi muito pressionado e se viu em risco de ser demitido em algumas oportunidades nesta sua passagem pelo time do Palestra Itália, festeja o fato de ter conseguido completar um ano no cargo, agora com o time disparado na liderança da Série B do Campeonato Brasileiro e muito próximo de assegurar seu retorno à elite.

“Aprendi e amadureci muito. Vivi experiências que nunca tinha vivido em clube algum e fico feliz em saber que estamos montando um alicerce forte e fazendo o torcedor voltar a sentir orgulho e segurança no time. Eu tive minha parcela de culpa pela queda (para Série B), mas começamos um trabalho árduo logo depois disso, tivemos que remontar uma equipe no meio do campeonato e isso obrigou uma superação de todos nós. Felizmente montamos um grupo que nunca se entregou”, ressaltou Kleina.

Já ao ser questionado sobre qual foi o seu pior momento no Palmeiras, entre a queda para a Série B, a derrota por 6 a 2 para o Mirassol no último Paulistão e a eliminação da Copa do Brasil após um revés por 3 a 0 diante do Atlético-PR, o treinador destacou que “o rebaixamento foi o mais doloroso, porque sentia o sofrimento do torcedor”. “Contra o Mirassol, tínhamos de mudar a equipe e naquele dia ainda piorou porque o Maurício Ramos, um minuto antes de começar o jogo, passou mal e tivemos que colocar o Marcos Vinícius, que nunca havia treinado no time titular. E contra o Atlético-PR perdemos jogadores de velocidade que poderiam fazer diferença, como Vinícius, Ananias e Leandro”, lembrou.

continua após a publicidade

O comandante também garantiu não pensar neste momento se irá continuar no Palmeiras em 2014, embora assegure que está preparado para a pressão que sofreria como técnico no ano do centenário do clube. “Sem sombra de dúvida”, garantiu o treinador, para depois exibir um discurso de quem entenderia também uma possível demissão do cargo para a entrada de um novo técnico.

“De coração… eu não penso em 2014. Quero canalizar forças para no dia 31 de dezembro falar com orgulho que conseguimos resgatar o Palmeiras para a elite. O que posso dizer é que quem dirigir o Palmeiras no ano que vem terá mais facilidade do que tive, pois pegará um time pronto e será necessário fazer apenas alguns ajustes”, ressaltou Kleina, para em seguida admitir que, para ele, seria um “privilégio” ser mantido no comando da equipe. “Seria um privilégio continuar o trabalho e talvez fosse até mais fácil. Conheço o elenco, a estrutura, a diretoria e o espírito do torcedor. Mas vamos deixar as coisas acontecerem”.

continua após a publicidade

O treinador, entretanto, acredita que mereceria seguir no Palmeiras no próximo ano, assim como tem esperança de ganhar ao menos um título importante em 2014. “Têm vários fatores que me dão essa condição, mas para ter continuidade, eu preciso consolidar esse trabalho. Depois disso, posso sentar com a diretoria e discutir o planejamento. Entendo que grandes treinadores passaram por aqui e já marcaram sua história, mas estou chegando agora e meu currículo começa a se enriquecer. Quem sabe não está reservada uma grande conquista aqui dentro? Acredito que coisas boas estão por vir”, enfatizou.