O nome do meia Kleberson foi um dos questionados na lista de Dunga para a Copa do Mundo da África do Sul. A situação dele contrasta com a de 2002, quando ainda jovem era ídolo no Atlético e voltou campeão mundial.
Hoje com 30 anos, o o Xaropinho não chega a ser unanimidade no Flamengo, clube onde atua, mas garante “maturidade e experiência” na hora de vestir a camisa canarinho.
“Em momento algum deixei a vontade de vestir a camisa da Seleção”, disse o atleta ontem, em coletiva no CT do Caju. Assim como em 2002 na Copa da Coreia do Sul e do Japão, o meia pretende ganhar seu espaço aos poucos. “Chegamos no grupo para fortalecer”.
Ao falar da volta ao território atleticano, Kleberson se disse orgulhoso da presença no local “onde tudo começou”. Ainda assim, os créditos mais calorosos do meia ficaram para o Rubro-Negro que o acolhe atualmente. “Vou representar o país e o Flamengo, que me abriu as portas para que eu chegasse onde cheguei”, ressaltou.
Questionado sobre as diferenças de trabalho entre Dunga e Luiz Felipe Scolari, comandante do escrete campeão em 2002, Kleberson evitou polêmicas. “Cada um tem sua filosofia. Apesar de ambos serem gaúchos”.
Sem blindagem?
Companheiro de Kleberson na coletiva de ontem, Gilberto Silva é capitão de um grupo praticamente blindado do assédio de jornalistas e torcedores. Para o volante, porém, o rígido esquema de segurança orquestrado pela CBF não significa evitar contato com povo e torcida. “Não vejo nenhuma blindagem. Nós fazemos nosso trabalho. Vocês também”.
Para o capitão, o comportamento da CBF e dos atletas é apenas por questão de ordem. “Gosto que minha casa seja respeitada. Falo da entidade e do povo brasileiro. Isso aí não é nada diferente do que acontece em muitas empresas”.