A Gávea continua em ebulição. Depois da saída do técnico Cuca, foi a vez do vice-presidente de futebol, Kleber Leite, e do diretor de futebol, Plínio Serpa Pinto, renunciarem a seus cargos e deixarem o Flamengo. Não é coincidência o abandono dos dois dirigentes seguindo-se à demissão do treinador. Tanto o vice-presidente quanto o diretor andavam às turras com o presidente em exercício do clube, Delair Dumbrosck.

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“Quando a gente sente que há um desgaste, é melhor dar uma parada. O Flamengo não pode ser prejudicado”, disse Kleber, na sede do clube. “O Flamengo não está sem comando, tem um presidente em exercício”, comentou.

Os rumos entre ambos foram divergindo ao longo do ano, principalmente quando Dumbrosck mostrava-se insatisfeito com a condução do departamento de futebol e com o comando do técnico Cuca. Kleber e Plínio queriam a manutenção do treinador, mas se viram forçados a tomar a decisão de mandá-lo embora diante da pressão crescente por conta dos maus resultados.

Dumbrosck, que assumiu a presidência no início do ano depois que Marcio Braga afastou-se por causa de uma doença cardíaca, será candidato nas eleições de dezembro. Plínio também pretende lançar sua chapa, apoiado por Kleber. Marcos Braz, então vice de esportes olímpicos, assume a vice-presidência de futebol.

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“O Marcos assume o comando do futebol. Essas situações são comuns no dia a dia de um clube”, disse Dumbrosck, evitando falar sobre a procura por um novo técnico. “Formaremos um conselho gestor para ajudá-lo nessa tarefa.”

“Quero agradecer a confiança do Delair. Assumo esse posto com muita tranquilidade. Quando participei do departamento de futebol há três anos, vivíamos uma situação muito pior”, comentou Braz.

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Kleber estava no cargo desde outubro de 2005 e participou das campanhas vitoriosas na Copa do Brasil, em 2006, e do tricampeonato carioca (2007/08/09).