São Paulo – Foram quase quatro horas de depoimento no Ministério Público na manhã de ontem, mas o o iraniano Kia Joorabchian não informou o que o promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro mais queria saber: quem seriam as pessoas físicas por trás da MSI -a empresa parceira do Corinthians. O iraniano garantiu ao promotor que a MSI está atuando de maneira legal e transparente no Brasil, e confirmou os nomes das empresas que compõem o fundo de investimentos. Alegando confidencialidade, no entanto, ele não revelou os nomes dos investidores.
Carneiro integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público de São Paulo. Ele investiga suspeita de lavagem de dinheiro no acordo entre a MSI e o Corinthians. O promotor convocou Kia para saber que empresas são essas que compõem o fundo, de onde elas tiram dinheiro e em que área atuam.
"Nós revelamos a ele os nomes das empresas parceiras, num procedimento que por lei nem éramos obrigados a fornecer. Fizemos isso para demonstar que estamos atuando de acordo com a lei e de forma transparente no Brasil", disse Kia ao final do depoimento, em uma entrevista coletiva. Ele confirmou que a Devetia e a Just Sports são as off-shores participantes da sociedade que integra a MSI.
O iraniano desmentiu que a MSI tenha ligações com os magnatas russos Boris Berezovski, Badri Patarkatshvili e Romam Abramovich.
