O Paraná Clube, em meio a seu melhor momento na temporada, viveu um dia de despedidas. Kelvin e Kerlon, as grandes apostas do clube para 2011, não vestem mais a camisa do Tricolor.

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Um sinal claro dos novos tempos, onde se pretende investir num time guerreiro e moldado às necessidades da Série B. O presidente Aramis Tissot pretende, em breve, buscar um meio-campo e um atacante para “fechar” o elenco que luta pelo acesso à primeira divisão nacional.

Ontem, logo no início da tarde, surgiu a informação do desligamento de Kerlon. O “Foquinha” teria feito um acordo para a rescisão de seu contrato, que iria até agosto.

Pesou na decisão o fato de Kerlon não ter, na gíria do futebol, “dado um chute sequer” com a camisa paranista. O meia-atacante chegou à Vila Capanema no fim de janeiro, para um período de recuperação, após uma série de cirurgias e passagens discretas por clubes menores do futebol europeu – por mais que seu vínculo seja com a poderosa Inter de Milão.

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Kerlon estreou na largada do returno do Paranaense, contra o Corinthians. Até apresentou uma boa movimentação ao longo dos 61 minutos em que esteve em campo. Mas foi só.

Teve atuação apagada frente ao Rio Branco, quando perdeu um pênalti, e em seu terceiro jogo, contra o Coritiba, sofreu lesão muscular e não mais atuou no Estadual ou na Copa do Brasil.

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Voltaria a campo somente na estreia da Série B, diante do Ituiutaba, no dia 21 de maio. Entrou em campo aos 23 minutos do segundo tempo e, num lance bizarro, pisou na bola e caiu sozinho.

Nova lesão muscular, que nas semanas seguintes viria a determinar o destino do jogador, oficializado ontem. “Foi um desligamento amigável. Lamentamos, mas infelizmente não deu certo”, disse o vice de futebol Paulo César Silva.

O dirigente, porém, não teve a mesma serenidade em relação a Kelvin. O garoto, que recentemente completou 18 anos, foi liberado do treino por mais uma vez ter chegado atrasado à atividade. “Foram três consecutivas. Sinal de que não está focado no Paraná. Assim, como já está negociado com o Porto, é melhor seguir sua vida”, disparou o dirigente.

O pai do atleta, Valdeci de Oliveira, disse que Kelvin faltou ao treino de sábado porque havia levado uma “bolada” na véspera e, com dores de cabeça, preferiu descansar.

“Os funcionários do clube foram avisados”, assegurou. Valdeci já descarta a possibilidade de seu filho atuar diante do Icasa, na próxima sexta. “Só estamos esperando as passagens, mas ele viaja ainda esta semana. Acho que ele já contribuiu como podia com o Paraná Clube”, concluiu.