Sensação das piscinas em 2016, a húngara Katinka Hosszú começou o Mundial de Natação em piscina curta (de 25 metros) com medalhas. Em Windsor, no Canadá, foram duas nesta terça-feira, no primeiro dia de competições que vai até domingo. A primeira foi a de prata, de forma surpreendente, nos 200 metros livre – perdeu para a italiana Federica Pellegrini. Depois, ganhou a de ouro nos 400 metros medley.

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No Mundial, Katinka Hosszú disputará 12 provas e já afirmou que quer ganhar 12 medalhas, o que seria um recorde histórico. Nesta terça-feira, nos 200 metros livre, Federica Pellegrini ultrapassou a húngara nos últimos metros e venceu a prova com 1min51s71, meio segundo à frente da adversária. Katinka, eleita a melhor nadadora do mundo em 2016, se recuperou minutos depois e venceu os 400 metros medley com sobras. Ela ainda nadou a semifinal dos 100 metros costas, avançando para a decisão com a quinta melhor marca.

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Já os brasileiros ficaram bem distante das medalhas nesta terça-feira. A primeira a cair na água foi Manuella Lyrio, que terminou os 200 metros livre na oitava posição. Depois, foi a vez de Leonardo de Deus ir para a água. Nos 200 metros borboleta, ficou na quinta colocação. Os dois foram semifinalistas nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 nestas mesmas provas.

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“Foi melhor do que de manhã (nas eliminatórias), ganhei uma posição. Estou bem satisfeito, é a última competição do mundo. Ainda vou nadar os 200 metros costas nesta competição. Nadar em piscina curta é mais tranquilo, a gente chega aqui dá um resultado bom, valeu. Vamos treinar mais”, disse Leonardo de Deus, em entrevista ao canal de TV a cabo SporTV.

Na semifinal dos 100 metros peito, Felipe França conseguiu a vaga para a final, que será disputada nesta quarta-feira. O brasileiro venceu a primeira série com 56s99, enquanto que Felipe Lima foi sexto na segunda com 57s41 e ficou de fora da decisão. “Agora tem um dia para poder descansar e arrumar os detalhes, que vão fazer a diferença na final. Precisa estar leve, né? O ano não foi fácil, treinamos muito, precisamos descansar não só o corpo, como a mente”, afirmou Felipe França, que passou para a final com a segunda marca.

Com uma delegação enxuta, o Brasil chega ao Mundial em Windsor sem muita expectativa. São apenas 13 representantes – Guilherme Guido e Henrique Rodrigues pediram dispensa e Kaio Márcio perdeu o voo de Belo Horizonte para São Paulo.

Depois de passar em branco nos Jogos Olímpicos do Rio, a natação brasileira gerou críticas até dos próprios atletas. Como agravante, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) vive um período turbulento diante de denúncias de corrupção que envolvem o presidente Coaracy Nunes, no cargo desde 1988, e outros dirigentes. A redução de investimento no período de preparação para a Olimpíada de Tóquio-2020 ronda o esporte e é motivo de preocupação.