Sem tomar partido sobre a possibilidade de ceder o Pacaembu para o Corinthians, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse nesta quinta-feira que espera “respeito” ao investimento público já feito no estádio. “Não podemos correr o risco de fazer algo que seja lesivo ao patrimônio da Prefeitura”, afirmou, após participar de um seminário sobre a Copa do Mundo de 2014, promovido pela Fecomercio-SP na capital paulista.
O Corinthians se propôs a bancar parte das obras de modernização do Pacaembu, que passaria a ser o estádio oficial do time. O clube desembolsaria R$ 100 milhões e teria direito de administrar a arena por 30 anos. São-paulino, Kassab esquivou-se de opinar contra ou a favor do projeto. “Não posso responder nem sim nem não. Qualquer que seja a resposta, preciso saber em cima de que modelo.”
O secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, sugeriu a administração mista do estádio, levando em conta que o Corinthians tem interesse em explorar apenas jogos de futebol, e não eventos e shows. “Não interessa ao Corinthians gerenciar o Pacaembu em suas outras atividades além de jogos, como a administração de estacionamento. Pode ser feita uma gestão mista, até com participação do setor público”, disse o secretário.
Para Feldman, independentemente do modelo que será usado, o estádio carece de obras de modernização. “Não podemos perder a oportunidade de recuperar o Pacaembu”, disse. “A deterioração do bairro se dá em parte pela falta da modernização do estádio.” A última obra no estádio foi concluída em maio do ano passado e custou aos cofres públicos R$ 6 milhões.