São Paulo – Na despedida do atacante Grafite, que deve se transferir para o Le Mans, da França, o São Paulo pagou por seus erros e perdeu para o Juventus por 1 a 0, ontem, no Morumbi o que não ocorria desde 1988. Foi o segundo tropeço da equipe de Muricy Ramalho, que, aos poucos, se afasta da briga pelo título estadual.
Na saída do gramado, Grafite desabafou. ?Não chegamos (ele e o empresário, Gustavo Feijó) a um acordo.
A diretoria não reconheceu o que fiz pelo São Paulo e vou seguir meu caminho?, afirmou.
Os dirigentes não dão como certa a saída de Grafite.
?Não recebemos nenhum representante do clube francês?, disse o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha. ?Vamos aguardar proposta oficial, o jogador tem contrato até dezembro.?
No primeiro tempo, parecia que o time da casa venceria com facilidade. Mas faltou objetividade. Chegar à área rival era fácil, difícil era chutar ao gol. Tanto que o goleiro Paulo Musse não fez nenhuma defesa, mas viu a bola passar perto várias vezes.
O Juventus foi outra equipe na etapa final: melhorou na marcação e acertou os contra-ataques. Sem criatividade no meio-de-campo e com dificuldades para chegar à linha de fundo, o São Paulo já não oferecia perigo.
É certo que o resultado do jogo poderia ter sido outro se o árbitro Luiz Flávio de Oliveira marcasse pênalti para o São Paulo, no toque de mão de Gilvan, aos 17 minutos.
No fim, a estratégia do ?Moleque Travesso? foi premiada. Bosco já tinha feito ótima defesa, na cabeçada de Maxsandro, aos 22. Mas seis minutos depois, quando Muricy tentou dar mais ofensividade à equipe – tirou Edcarlos e colocou o estreante Rodrigo Fabri, Sérgio Lobo aproveitou o espaço deixado pela defesa rival, ao receber em velocidade, chutar cruzado e decidir o jogo.