Roma – A promotoria do tribunal esportivo que julga o escândalo no futebol italiano pediu a perda dos dois títulos nacionais conquistados pela Juventus nas últimas temporadas e seu rebaixamento para a Série C. O clube de Turim, principal envolvido no imbróglio, começaria a temporada com seis pontos negativos.
O promotor Stefano Palazzi não poupou os outros clubes da Série A envolvidos no escândalo. Fiorentina, Lazio e Milan seriam rebaixados para a Série B e começariam a temporada com pontuação negativa.
Dirigentes e ex-dirigentes dos quatro clubes também devem sofrer duras punições. Palazzi pediu a suspensão de dois até cinco anos para todos. Além dos dirigentes, também figuram no processo funcionários da Federação Italiana e árbitros, entre os quais Massimo De Santis, que seria o representante da Itália no Mundial.
O processo se baseia em escutas telefônicas. Nelas figuram os ex-dirigentes juventinos Luciano Moggi e Antonio Giraudo. Segundo Palazzi, eles mantinham contato constante com integrantes da comissão de arbitragem e organizavam jantares para manipular os juízes.
A crise fez com que a Bolsa de Valores de Milão suspendesse a negociação das ações da Juventus. A queda dos papéis do clube chegava nesta terça-feira a 14%.
Todos os envolvidos se declararam inocentes. Giraudo foi um dos primeiros a depor: ?Acontece de tudo no futebol. Pessoas dão relógios Rolex a juízes. Há um ambiente em que você tem de se proteger?, disse.