O São Paulo jogou a toalha e avisou que não cede mais ao Napoli para contratar o chileno Eduardo Vargas. Desta forma, ou os italianos aceitam os moldes do tratado original ou o atacante deve mesmo parar no Grêmio. O presidente Juvenal Juvêncio passou o dia em reuniões e resolveu suspender as conversas após alegar ter visto o tratado original com os italianos ser modificado três vezes. Entre as reclamações do dirigente estão o fato do Napoli pedir o pagamento do 1,5 milhão de euros à vista e querer uma cláusula no contrato que permita o chileno voltar à Itália a qualquer momento e sem nenhum ressarcimento financeiro em troca.
“Nós não íamos entrar em um leilão, que foi proposto pelo Napoli. Eles fizeram várias exigências e extrapolaram os limites. Acabou o negócio. Não deu. Essa é a dinâmica do futebol” , afirmou o mandatário.
Dessa forma, o São Paulo abre caminho para o Grêmio tentar acertar com o atleta. O clube gaúcho ganhou força nesta segunda e foi apontado pela imprensa italiana como provável destino do chileno. Era justamente o rival brasileiro quem mais preocupava Juvenal desde o início das conversas por causa do interesse demonstrado em ter o jogador. O presidente, porém, acreditava que a preferência do atacante em jogar no Morumbi falaria mais alto.
As negociações recrudesceram justamente no momento que pareciam mais próximas de um desfecho positivo. Na última sexta-feira o Napoli havia autorizado o São Paulo a encaminhar o contrato de empréstimo para fechar com o jogador e deu o sinal de que as conversas, que se arrastavam desde dezembro, chegariam a um final feliz. Mesmo com o clima otimista entre os diretores, ninguém quis dar declarações em tom de triunfo para evitar melindrar os italianos e ver a negociação fracassar.
