A temporada fracassada do São Paulo em 2011 ainda não foi bem digerida pelo presidente Juvenal Juvêncio. O dirigente não escondeu a decepção, nesta terça-feira, com o fato de o clube ter amargado o terceiro ano seguido sem títulos e elegeu os jogadores como principais responsáveis pelos últimos insucessos, apesar das demissões de Paulo César Carpegiani e Adilson Batista.
Para evitar que o clube volte a amargar um ano de fracassos em 2012, Juvenal prometeu fiscalizar mais de perto não apenas o time principal, mas também as categorias de base. O mandatário fez a promessa ao expressar a sua insatisfação com o fato de a equipe júnior do clube ter sido eliminada já na primeira fase da Copa São Paulo, principal competição da categoria no País.
“Por isso que eu tive a coragem de dizer que a culpa (pelos fracassos) não era do técnico, mas do plantel. Eu já mandei uns seis embora e ainda vão mais alguns”, disse Juvenal, ao resumir a situação do atual quadro do elenco são-paulino.
Após o final da temporada de 2011, o volante Carlinhos Paraíba (hoje no Omiya Ardija, do Japão), os meias Marlos (no Metalist, da Ucrânia) e Rivaldo (no Kabuscorp, do futebol angolano), o zagueiro Xandão (no Sporting, de Portugal), o atacante Dagoberto (negociado com o Inter antes do fim do seu contrato) e o dublê de volante e lateral Jean (agora no Fluminense) deram adeus ao São Paulo. Já o lateral Carleto, que estava no América-MG e pertence ao clube do Morumbi, também foi para o Fluminense por empréstimo.
Em compensação, o clube fechou as contratações dos zagueiros Edson Silva e Paulo Miranda, do lateral-esquerdo Cortês, do volante Fabrício e dos meias Maicon e Jadson, este o último a ser trazido após uma proposta milionária junto ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Para Juvenal, estes jogadores estão enquadrados na nova política do clube de formar um elenco com atletas disciplinados e comprometidos, sob a severa supervisão do técnico Emerson Leão. “Se faltar comprometimento, eu mando embora. Com certeza, o São Paulo foi o time que melhor contratou para esta temporada”, acrescentou o dirigente, em uma cobrança clara aos jogadores.
E Juvenal foi além ao dizer que ainda pretende promover uma medida mais drástica no time júnior são-paulino, eliminado pelo Barueri na rodada final da primeira fase. Para ele, uma eliminação diante deste tipo de rival é inadmissível. “A gente não pode perder de time juntado (que tem jogadores trazidos de última hora por empresários). Alguém vai pagar por isso”, prometeu.
