O Guarani deu mais um passo para a venda do Estádio Brinco de Ouro, em Campinas. Nesta terça-feira, em audiência no 15.º Tribunal de Justiça do Trabalho com todos os credores, os advogados do clube e os dois grupos interessados (a Magnum e a gaúcha Maxion), o tema foi mediado pela juíza Ana Cláudia Torres Vianna. A demorada reunião, perto de quatro horas, definiu as diretrizes para os pagamentos das dívidas trabalhistas com base na proposta feita pela atual parceira bugrina.

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As dívidas executadas giram em torno de R$ 60 milhões. O acordo feito é que os credores que tem direito até R$ 100 mil receberão 100% dos direitos, enquanto os que têm dívidas acima de R$ 100 mil embolsarão 90% do valor a que têm direito. As partes chegaram a um acordo depois de horas de negociação. O pagamento deve acontecer à vista.

“Depois de longas horas de audiência, os credores encontraram uma forma fazer o pagamento. A proposta de intenção de ficar com o Brinco e fazer o pagamento dos credores foi aqui. O arrematante esteve aqui, eles não acham viável o pagamento da forma que os credores aceitaram”, afirmou o juíza.

O dinheiro para o pagamento será adiantado pela Magnum e, posteriormente, descontado dos 14% do Valor Geral da Venda (VGV) que a empresa destinaria ao clube após a venda do Estádio Brinco de Ouro e construção dos novos investimentos imobiliários no local, descartando o shopping e o hotel. Não há um valor concreto. A previsão é que o VGV possa chegar até a R$ 2,3 bilhões, mas não há garantias.

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Após este encontro na Justiça, Guarani, Maxion e Magnum ficarão no aguardo sobre o próximo passo da juíza. Baseada em todos os encontros, ela deverá ficar entre duas situações: confirmar a arrematação da Maxion por R$ 105 milhões e negar os embargos de arrematação em primeira instância; ou então anular o leilão e aceitar a proposta da Magnum.

Independente de qual decisão será tomada, a tendência é de que esta batalha jurídica se arraste por anos. O que foi garantido, nesta quarta-feira, com a assinatura da ata, porém, é o pagamento das dívidas trabalhistas. A decisão da juíza está marcada para o próximo dia 17.

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Se a Maxiom for vencedora na Justiça, a MMG terá que ser ressarcida pela empresa pela quitação da dívida em juíza. A briga jurídica, então, poderia se arrastar, mas sem prejuízo dos credores trabalhistas.