O acidente que matou dois operários no Itaquerão, em novembro de 2013, entra nesta quarta-feira em fase de instrução processual, quando a Justiça começa a ouvir acusados e testemunhas. O processo deve se arrastar por mais de um ano. Seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo, quatro delas trabalham na Odebrecht, construtora do estádio, e duas na Locar, a empresa responsável pela operação dos guindaste. Um deles tombou, matou dois operários e destruiu parte da arquibancada. Os seis réus no processo podem pegar quatro anos de reclusão.

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Todos eles foram denunciados pelo acidente que resultou na morte dos operários Ronaldo Oliveira dos Santos e Fabio Luiz Pereira. O Ministério Público usou como base da denúncia uma perícia feita pelo Instituto de Criminalística, que apontou falha de compactação do terreno.

De acordo com o laudo do Instituto de Criminalística, o solo onde o guindaste estava sofreu um afundamento. Ainda segundo o documento, o equipamento não tinha problemas mecânicos e tampouco houve erro do operador. Já a Odebrecht alega que houve erro de operação do guingaste, responsabilizando os funcionários da Locar, a empresa terceirizada.

Foram denunciados pelo Ministério Público engenheiros Frederico Marcos de Almeida Horta Barbosa e Márcio Prado Wermelinger, o técnico Gilson Guardia e o encarregado Valentim Valeretto, da Odebrecht. Pela Locar, foram denunciados o operador de guindaste José Walter Joaquim e o supervisor de equipamentos Leanderson Breder Dias.

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