Onze acusados de desviar ingressos da Copa do Mundo de 2014 para venda ilegal tornaram-se réus nesta sexta-feira, quando o juiz Marcello Rubioli, do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio de Janeiro, recebeu a denúncia do Ministério Público do Estado. Eles são acusados de cambismo, desvio de ingresso para câmbio, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa. A audiência de instrução e julgamento será às 10 horas do próximo dia 10 de agosto.

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Os réus são Mohamadou Lamine Fofana, Alexandre da Silva Borges, Antonio Henrique de Paula Jorge, Marcelo Pavão da Costa Carvalho, o Caju, Sérgio Antonio de Lima, Julio Soares da Costa Filho, Fernanda Carrione Paulucci, Ernani Alves da Rocha Junior, Alexandre Marino Vieira, Ozeas do Nascimento e José Massih.

Eles também eram acusados por crime tributário, mas o juiz não aceitou a denúncia do Ministério Público em relação a esse tipo de crime. Raymond Whelan, executivo da empresa Match Services, ligada à Fifa, também havia sido incluído na denúncia do Ministério Público, mas as acusações contra ele foram trancadas pela 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.

Na decisão, o magistrado citou um trecho da denúncia. “Consta dos autos que a organização criminosa foi constituída para reiteradamente desviar, fornecer e facilitar a distribuição a terceiros de ingressos de evento esportivo (Copa do Mundo de 2014), para venda por preço superior ao estampado no bilhete.”

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O promotor Marcos Kac, da 9ª Promotoria de Investigação Penal, responsável pelo caso, considera normal a demora da Justiça em aceitar a denúncia. “O processo fica um pouco mais demorado quando há muitos acusados, com diferentes advogados. Mas a entrega da denúncia um ano e meio após o início das investigações é bem razoável”, afirmou Kac, em entrevista ao canal Globonews. “Acredito que já temos provas suficientes para que, ao fim do processo, eles sejam condenados”, concluiu.