Competidor mais experiente na disputa, o brasileiro Juraci Moreira Júnior vai usar a "raça" para buscar a vitória no mundialito de fast triatlo masculino, marcado para domingo, em Santos. O pentacampeão nacional disputou seis das sete edições já realizadas no País e, mesmo tendo passado um susto, com um acidente no auge de sua preparação para a prova, está animado. "A experiência vai ter de contar dessa vez", brinca.

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Com início previsto para as 9h30, a prova será realizada na arena montada na Ponta da Praia, em volta do Aquário Municipal (com Globo). Serão 18 triatletas de seis países competindo num formato especial. Todos disputarão três baterias seguidas (com curtos intervalos para descanso), nadando 250m, pedalando 4.400m e correndo mais 1.440m em cada prova.

Cada País terá três atletas atuando juntos buscando os títulos no individual e por equipe. Estão confirmados os times do Brasil, Canadá, Nova Zelândia, Japão, República Checa e EUA. Nomes de ponta, como os norte-americanos Andy Potts e Brian Fleischmann e o neozelandês Kris Gemmel aparecem na lista dos cotados.

Aos 25 anos de idade e competindo no triathlon há 10, o paranaense de Curitiba tem como maior motivação o grande desempenho na seletiva que escolheu os três representantes do Brasil no último dia 2. Ele venceu as três baterias, mostrando estar preparado. "Fui superbem e essa é a imagem que vou ter na prova, de vitória. Vou me concentrar nisso, fazer igual", afirma. "O que vale é a raça no final de cada bateria", comenta.

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Seu melhor desempenho no fast foi na edição inicial, no Desafio Brasil x Argentina, quando terminou na 3.ª posição no individual. Em 2003, foi o 5.º e campeão por equipes. "Pena eu ter sofrido o acidente. Não me preparei como pretendia, mas estou bem e vou usar a minha vivência na prova como arma", diz Juraci, referindo-se à queda no ciclismo ocorrida no último dia 15, quando pedalava na BR-277, entre Curitiba e Caiobá, a 45 km/h.

"Machuquei o braço, não treinei uma semana, justamente quando iria fazer os treinos de explosão", conta Juraci, afirmando estar totalmente recuperado. "Na prova não vou sentir dor alguma. No último domingo disputei um biathlon, como treino forte, venci e me senti bem", avalia Juraci.

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Sprint final

Ele revela que tem duas estratégias para a prova. Como não tem a natação como seu forte, ele espera sair no grupo principal do mar e tentar uma escapada no pedal, para começar a corrida na frente. "Daí a chance é grande. A segundo opção é ficar junto dos gringos o tempo todo e deixar para definir no sprint. Forçar tudo nos 300m finais", frisa o triatleta da Brasil Telecom.

Rivais fortes

Na disputa de domingo, Juraci terá, pelo menos, quatro fortes rivais estrangeiros: o canadense Paul Tichelaar, que chega como o atual campeão do fast; Brian Fleischmann (EUA), pódio nos dois anos que competiu no evento (2003 e 2004); seu compatriota Andy Potts; e o neozelandês Kris Gemmell, campeão por equipes e 3.º individual no mundialito de 2002.