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Foto: Divulgação

Robinho trabalha para
mostrar que pode ser útil.

Juninho Pernambucano e Robinho têm alguns pontos em comum. Ambos jogam fora do Brasil, são titulares em equipes de ponta, se expressam bem, mas curtem reserva na seleção. Os dois também surgem como as primeiras opções de Carlos Alberto Parreira, caso sejam feitas alterações na equipe, e garantem não ter vindo para a Alemanha a passeio. A dupla está pronta para o bote, se aparecer oportunidade.

Mas, como parte de um grupo quase sempre politicamente correto, há a ressalva de que a luta se trava com lealdade. ?Vou aproveitar qualquer tempo que me for concedido no time?, avisa Juninho. ?Procuro mostrar, com meu trabalho, que posso ser útil? emenda Robinho.

Inteligência e tato igualmente sobram para os dois craques. Juninho, 31 anos, cinco títulos franceses com o Lyon, sabe jogar com as palavras. Com regularidade tem lembrado que se trata de sua primeira e última Copa. Dessa forma, trata de reforçar a impressão de que não pretende passar a competição em branco e no banco. ?Não baixo a cabeça nunca?, repetiu ontem para quem quisesse ouvir, e sem elevar o tom de voz em nenhum momento. ?A reserva não é situação a que estou acostumado?, observou, com a autoridade de quem dá as cartas no clube.

Atento

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?Estou com a guarda alta e pronto a colaborar assim que for possível.? Juninho é pragmático e percebeu que há grande possibilidade de ter sua chance ainda na primeira fase. Seja por questão tática, durante algum jogo, ou por acúmulo de cartões, ou, na pior das hipóteses, por contusão de algum titular no meio-campo. ?A Copa é muito disputada e dois cartões amarelos provocam suspensão?, lembrou. ?Até porque os árbitros devem ser rigorosos. Isso aumenta o risco de termos de fazer alguma mudança na equipe.?

Outro aspecto que o anima é a duração do mundial. ?A competição tem um mês e sete jogos para quem chegar na final?, destacou. ?Quero ir embora só depois de 9 de julho.? Sinceridade que passa longe de transformá-lo em polêmico ou bad boy. ?Vim para colaborar de alguma forma?, advertiu, sem soar conformista. ?O que vai contar é a força do conjunto. Costumo dizer que aqui ganharemos todos juntos ou perderemos juntos também.? Ou seja, glória e culpa não serão individuais.

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