O julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato de Reeva Steenkamp sofrerá nova paralisação. Nesta quarta-feira, a juíza Thokozile Masipa anunciou o adiamento da avaliação do caso por mais duas semanas, a partir desta quinta-feira, com a sua retomada marcada para o dia 5 de maio.

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A juíza informou nesta quarta-feira o adiamento do caso, em resposta a um pedido de recesso feito pela acusação, que foi apoiado pela defesa. O julgamento de Pistorius começou no dia 3 de março e Thokozile disse que o caso vem durando mais tempo que esperava. O coordenador da defesa, Barry Roux, afirmou que chamará entre 14 e 17 testemunhas.

Também nesta quarta-feira, um perito chamado pela defesa de Pistorius ofereceu uma versão diferente da ordem dos tiros que mataram da namorada do atleta paralímpico, sugerindo que ela tinha estendido o braço direito até a maçaneta da porta do banheiro, quando foi atingida pelos disparos.

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O depoimento de Roger Dixon, um ex-policial, contradisse partes da evidência apresentadas por especialistas balísticos e um patologista. Dixon disse que, na sua opinião, Reeva foi atingido em uma rápida sucessão por dois tiros quando ele estava de pé ao lado da porta e declarou acreditar ela poderia estar com o braço direito estendido e com a mão na maçaneta da porta, como se fosse abri-la, quando foi alvejada.

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O especialista em balística Christiaan Mangena havia afirmado anteriormente que o primeiro tiro atingiu Reeva no quadril, mas o segundo não a alcançou. O tiro que a atingiu no braço, Mangena disse, ocorreu quando ela cobriu a cabeça para tentar se proteger após cair dentro do banheiro.

A defesa usou o testemunho de Dixon para tentar criar dúvidas sobre a versão da acusação de que Reeva se escondeu no cômodo durante uma briga nas primeiras horas de 14 de fevereiro de 2013. O promotor Gerrie Nel argumentou que o atleta atirou através da porta enquanto ela olhava para frente e discutia com o namorado.

Pistorius é acusado de ter premeditado o assassinato de sua namorada, Reeva, ocorrido no ano passado em sua residência. Ele argumenta que atirou por engano na sua modelo, enquanto a acusação defende que o atleta paralímpico a matou após uma discussão.