Começou na manhã desta segunda-feira o processo de escolha dos jurados que decidirão se o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, deve ou não ser condenado por acusações de vários crimes, como o de receber suborno em contratos de marketing da Copa do Brasil e de aceitar recursos ilegais de negociações de direitos de televisão de torneios da Copa América. “Esta semana será dedicada para a escolha de jurados. Temos insistido que nosso cliente não é culpado”, comentou Júlio Barbosa, um dos advogados de Marin. O ex-presidente da CBF está em prisão domiciliar em Nova York há dois anos, onde espera seu julgamento.

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Marin chegou por volta das 9 horas (horário local) na Corte do Distrito Leste de Nova York acompanhado de advogados. Ele mostrava-se tranquilo, acenou para os jornalistas e não deu declarações. Às 10h10, a juíza que vai presidir o julgamento, Pamela Chen, iniciou a sessão na qual apresentou os procedimentos que serão adotados nesta semana para a escolha de 12 jurados e cerca de seis suplentes, entre um grupo potencial de 240 candidatos.

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A juíza determinou que os trabalhos fossem retomados nesta quarta-feira às 10 horas, que contará com a presença de Marin e de outros dois acusados: Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol, e Juan Angel Napout, ex-vice presidente da Fifa. O mais provável é que tal processo de seleção será encerrado na quinta. O julgamento está previsto para começar na próxima segunda-feira e pode durar seis semanas ou pouco mais, apontou Júlio Barbosa.

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Ao sair do tribunal, Marin foi rodeado por uma faixa empunhada por Moisés Campos de Lima, ex-funcionário da CBF, e Valmir Alves Diniz, tenente da PM do Rio de Janeiro, que dizia em letras vermelhas em inglês: “EUA, Ajude-nos para prender os brasileiros corruptos da nossa administração do futebol. Cadeia neles”. Enquanto José Maria Marin se dirigia para o carro, Moisés gritava que deveriam ser presos ele, Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e Marco Polo Del Nero, atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

“Viemos para cá do Rio de Janeiro às nossas custas para protestar contra Marin”, comentou Moisés. “Esperamos que ele seja punido severamente. Entregamos à juíza Pamela Chen um dossiê com informações do Ministério Público Federal na qual são apontados os mal feitos do senhor Marin”, destacou. Moisés espera embarcar de volta para o Brasil nesta quinta-feira.