Alvo das reclamações do Palmeiras pela performance durante a vitória do Corinthians por 2 a 0, neste sábado, no estádio Itaquerão, em São Paulo, o árbitro Raphael Claus deu a sua versão a respeito do lance que gerou a maior polêmica do clássico: o pênalti do goleiro Jailson no volante Renê Júnior.

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Na jogada, o goleiro palmeirense dividiu com o volante corintiano e acertou as travas da chuteira na coxa esquerda do rival, que desabou na grande área. Raphael Claus não marcou a infração de imediato, mas, após a sequência do lance e longos segundos de atraso, ele não só assinalou a penalidade máxima para os corintianos como ainda expulsou Jailson.

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Apesar da impressão de que teria recebido algum aviso externo do campo, como do quarto árbitro, por exemplo, Raphael Claus garantiu que o momento vacilante teve outra razão: falta de convicção.

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“Aconteceu uma dividida forte, dentro do campo. Visualizo uma dividida entre Jailson e Renê. Tenho uma sensação de impacto, mas sem convicção pra marcar. A jogada continua, numa situação iminente de gol. Quando a bola sai, eu me aproximo do Renê e vejo dois buracos na coxa do Renê. Quando visualizo, tenho uma noção de que foi uma entrada com as travas da chuteira e convicção de que teria de ser expulso, por força excessiva. O jogo não havia sido reiniciado e tinha de marcar a penalidade”, justificou-se Raphael Claus.

“A decisão foi totalmente minha, tive essa percepção da jogada, mas pela velocidade do lance não deu para ter 100%”, frisou o árbitro da partida.

Questionado sobre o fato de a regra não prever lei da vantagem em lances que resultam em pênalti, Raphael Claus concordou, mas explicou que não foi o caso. “Está coberto de razão, a não ser que o jogador esteja embaixo do gol com condição de fazer o gol tranquilamente. Mas não dei vantagem. Minha dúvida era sobre a infração. Se tivesse convicção, teria marcado (imediatamente). Não houve vantagem”.