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Juiz do clássico explica pênalti anulado e FPF aprova atuação da arbitragem

O árbitro Marcelo Aparecido de Souza não quis dar entrevista ao final do jogo deste domingo, mas explicou na súmula do confronto a polêmica marcação de pênalti no clássico entre Palmeiras e Corinthians, que terminou com o time alvinegro sendo campeão paulista. A Federação Paulista de Futebol divulgou uma nota na qual aprovou a atuação da arbitragem.

Segundo o árbitro, a demora na marcação do lance aconteceu porque ele não conseguiu ouvir os avisos do quarto árbitro. “Informo que aos 33 minutos do 2º tempo da partida, marquei uma penalidade à favor da equipe da S.E.Palmeiras. No momento da marcação os jogadores da equipe adversária, questionam a marcação e pressionam para que a mesma seja modificada. Durante esse questionamento o quarto arbitro sr. Adriano de Assis Miranda me informa dizendo: ‘Canto’. Devido os jogadores falarem comigo, os atletas reservas de ambas as equipes falarem simultaneamente com o 4º arbitro e também com o assistente 1, sr. Anderson José de Moraes Coelho, bem como o barulho da torcida, eu não pude ouvir com clareza a informação do 4º arbitro. Após conseguir me aproximar do 4º árbitro, o mesmo me disse as seguintes palavras: ‘Marcelo pra mim, ele toca na bola, mas a decisão é sua'”, disse Marcelo Aparecido de Souza.

Ainda de acordo com as informações escritas pela arbitragem na súmula, Marcelo Aparecido seguiu a recomendação do quarto árbitro por não ter uma visão privilegiada do lance. “Devido o ângulo de visão do 4º arbitro ser lateral à jogada, e portanto melhor que o meu, acatei a sua informação e marquei o tiro de canto. Informo ainda que reiniciei a partida após 7 minutos de paralisação, por consequência da reclamação dos atletas de ambas as equipes”.

O lance polêmico aconteceu aos 25 minutos do segundo tempo. Na jogada, Ralf disputou uma bola com Dudu e o atacante caiu dentro da área. O árbitro marcou pênalti para o Palmeiras, mas, oito minuto depois, anulou a jogada e deu apenas escanteio.

O árbitro ainda informou que foram arremessados copos, bandeiras, sacos de pipoca e chinelos em direção aos atletas e diretores. Ele contou que até um helicóptero apareceu. “Informo ainda que quando me encontrava no vestiário da arbitragem fui informado pelo 5º arbitro sr. Alberto Poletto, que no inicio do 2º tempo um helicóptero com o escudo da equipe S.C. Corinthians sobrevoou o estádio. O mesmo não interferiu no andamento da partida”, comentou.

A assessoria de imprensa da FPF divulgou uma nota em que aprovou a atuação da arbitragem. “O departamento de arbitragem da FPF trabalha diariamente pela excelência. O intuito sempre foi de que a arbitragem não interfira nos resultados das competições. E esse objetivo foi alcançado. A decisão da arbitragem, de anular o pênalti que havia sido marcado equivocadamente, foi correta”, disse o comunicado.

A FFP ainda divulgou o que aconteceu, passo a passo, separando os mesmos por tópicos, no lance em que o árbitro marcou pênalti e, oito minutos depois, anulou a marcação.

“O árbitro Marcelo Aparecido de Souza marcou a penalidade pela visão que tinha no momento do lance. Neste momento, o quarto árbitro Adriano Miranda o chama pelo rádio”, inicia a FPF, para depois destacar os seguintes tópicos: 1) Por conta do tumulto criado após a marcação, há uma demora na correção da decisão; 2) Assim que os árbitros se reúnem, Miranda reafirma que o jogador Ralf tocou a bola antes; 3) A decisão é corrigida e marca-se escanteio.

“Por fim, a diretriz da arbitragem prevê que o árbitro, em todo lance com alta dificuldade, consulte toda sua equipe para, em conjunto, tomar as decisões corretas”, finalizou a entidade no comunicado.

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