Brasileiro mais bem colocado no ranking mundial, o judoca Leandro Guilheiro comemorou os 300 pontos conquistados neste domingo com a medalha de ouro no Grand Slam do Rio de Janeiro. O ranking define a classificação para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
“Eu tenho como objetivo principal vencer Grand Slams. Bati na trave duas vezes aqui no Rio e agora consegui o ouro. Não existe sensação igual a de vencer em casa. Estes 300 pontos vão me dar uma margem muito boa em relação aos meus adversários”, celebrou o brasileiro, que venceu na final da categoria até 81kg o russo Ivan Nifontov, campeão do Mundial de Roterdã em 2009, por wazari.
O carioca João Gabriel Schlittler, ouro na categoria acima de 100kg, exaltou a vitória em casa e sua persistência, após ficar de fora nas seletivas da disputa. Ele foi chamado para competir de última hora, para substituir Leandro Gonçalves, lesionado.
“Não sei como explicar o que aconteceu. Me sinto muito honrado de lutar no Rio de Janeiro, que é a minha cidade. Este resultado é para mostrar que é preciso acreditar sempre e nunca desistir. Eu nunca desisti do judô”, comentou.
No feminino, Mayra Aguiar subiu ao lugar mais alto do pódio na categoria até 78kg. “Estou muito feliz por ver que tudo deu certo. Com este resultado, acho que já estou com um pé em Londres, mas, no judô, não se pode relaxar. Estou numa fase ótima na minha carreira, mas preciso continuar treinando para sempre melhorar. A equipe feminina mostrou que deixou se ser uma esperança para virar realidade”, declarou.
Já Tiago Camilo e Hugo Pessanha, que perderam a chance de fazer a final na categoria até 90kg, lamentaram a medalha de bronze. “Em grandes competições, tudo pode acontecer. A luta estava controlada e, com quatro segundos para o fim, acabei tomando o ippon. Vou trabalhar para que isto não aconteça novamente”, disse Camilo, se referindo à derrota na semifinal.
“Faltou um pouco de paciência para conquistar o bicampeonato. Como eu fiquei parado seis meses por causa da operação no joelho, senti um pouco de falta de ritmo de competição. Mas senti que, principalmente na parte técnica, que estou evoluindo”, avaliou Pessanha.