Imagine você como o cara do departamento de registros do J. Malucelli. Um dos melhores jogos do seu time nos últimos anos pode não ter valido nada se o seu trabalho for considerado irregular. Ainda na expectativa do julgamento do Caso Getterson, o Caçula foi a Londrina ontem e fez um jogo excepcional. Em pleno estádio do Café, derrotou o LEC por 3×1, abriu boa vantagem nas quartas de final do Campeonato Paranaense e pode até perder na partida da volta, previamente marcada para domingo, às 16h, no Ecoestádio, que se classifica para a semifinal. Mas talvez nem jogue essa partida.
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Isto porque o STJD pode marcar para a quinta-feira o julgamento no Caso Getterson, no qual o Jotinha corre risco de perder 16 pontos e ser rebaixado. Aí abrem-se dois caminhos – a classificação direta do Londrina para a semifinal ou uma reviravolta completa no Paranaense, com o Rio Branco entrando no mata-mata e todos os cruzamentos sendo modificados. Por isso o STJD decidiu que o jogo de ontem não poderia ser homologado. Em resumo – esse 3×1, essa ótima atuação ainda não valeu.
Mas aconteceu, e foi um grande jogo. Desde os primeiros minutos o J. Malucelli controlou a posse de bola. Cometeu um único erro, e nesse lance o Londrina marcou. No passe de Matheus, a defesa tentou fazer a linha de impedimento e Robinho apareceu livre para tocar na saída de Fabrício. Os jogadores reclamaram, mas o gol foi legal. No meio da muvuca, Cláudio Tencati discutiu com os adversários, Germano tomou as dores do técnico e levou cartão amarelo.
O empate do Jotinha veio logo em seguida. Na jogada ensaiada, Getterson cruzou e Alex Fraga fez de cabeça. Era justo naquele momento. E o Tubarão sentiu o baque, sendo amplamente dominado. Teve só mais uma chance de perigo com Paulo Rangel, mas dali por diante o jogo praticamente foi todo no campo ofensivo do Caçula. E a partida ficou ainda mais à caráter para os visitantes quando Germano perdeu a bola e derrubou Tomas. Segundo cartão amarelo, cartão vermelho para o capitão do Londrina.
No segundo tempo, a melhor organização e a vantagem numérica fizeram a diferença. No início da etapa, Tomas tocou para Jenison, que chutou no cantinho e César não conseguiu chegar. Na parte final do jogo, Tomas, o melhor em campo, mandou de longe e o goleiro do Tubarão falhou. Vitória categórica por 3×1 do J. Malucelli. Resta saber se vai valer para alguma coisa.
Ficha técnica
PARANAENSE
Quartas de final – Jogo de ida
LONDRINA 1×3 J. MALUCELLI
Londrina
César; Igor Bosel, Matheus, Marcondes e Ayrton; Germano, França, Robinho (Rafael Gava) e Fabinho (Celsinho); Yaya e Paulo Rangel (Brandão).
Técnico: Cláudio Tencati
J. Malucelli
Fabrício; Cristovam, Alex Fraga, Tiago Alencar e Eltinho; Wellington, Carlos Jatobá (Diogo) e Tomas; Jenison (Paulinho Oliveira), Getterson e Rafael Santiago (Neto Ramos).
Técnico: Luciano Gusso
Local: Estádio do Café (Londrina)
Árbitro: José Mendonça da Silva Júnior
Assistentes: Weber Felipe Silva e Felipe Gustavo Schmidt
Gols: Robinho 9 e Alex Fraga 13 do 1º; Jenison 7 e Tomas 34 do 2º
Cartões amarelos: Marcondes, França, Germano (LEC); Rafael Santiago (JMA)
Cartão vermelho: Germano
Renda: R$ 54.448,00
Público pagante: 2.428
Público total: 3.053
Em Prudentópolis
Grande surpresa da temporada, o Cianorte deu um gigantesco passo para a classificação para a semifinal do Campeonato Paranaense. Jogando fora de casa, venceu o Prudentópolis ontem, no estádio Newton Agibert, por 2×0, e agora pode até perder por um gol de diferença na partida da volta, que deve acontecer no domingo, às 16h, no Albino Turbay, que se classifica. A vitória foi construída com gols de Vinícius, cobrando pênalti, aos 11 minutos do primeiro tempo, e com o veterano Léo Gago, chutando do meio-campo, um golaço já aos 37 minutos da etapa final. O resultado mantém o Cianorte como a terceira melhor campanha do Estadual, com 23 pontos, atrás apenas de Coritiba (também 23) e Paraná Clube (28).