José Miranda ainda vê luz no fim do túnel

O presidente José Carlos de Miranda garante que está tranqüilo quanto ao futuro do Paraná Clube. ?Preocupado sim, mas não desesperado?, frisou o dirigente. Na condição de comandante, assegurou que é sua função manter o moral da tropa elevado. Sabe que a missão é complicada, mas vê no elenco potencial para conseguir os pontos necessários para garantir a permanência do Tricolor na Série A do Campeonato Brasileiro.

Por mais que essa força de conjunto não esteja sendo vista dentro de campo. O Tricolor é o 18.º colocado não apenas na classificação geral, mas também na pontuação do segundo turno, o que comprova o momento instável da equipe. Foram apenas sete pontos somados – todos eles sob o comando de Lori Sandri, que assumiu na segunda rodada do returno – após oito jogos disputados. ?Mesmo assim, precisamos de menos de 50% dos pontos que disputaremos?, lembra Miranda.

Internamente, o Paraná trabalha com a necessidade de buscar cinco vitórias nas onze rodadas que restam. ?Temos que melhorar, é verdade. Mas esse mesmo grupo já mostrou que pode chegar lá?, disse o dirigente, numa referência ao início da temporada, quando o Tricolor largou com três vitórias seguidas. ?O momento é outro, há mais pressão. Por isso, nós da diretoria temos que dar respaldo aos atletas e à comissão técnica?, destacou Miranda. O desafio de Lori, então, é resgatar o futebol apresentado naquela fase, quando o Paraná venceu cinco dos 12 jogos que disputou.

Se o Tricolor, em toda a sua história na primeira divisão, jamais venceu cinco jogos seguidos na condição de mandante, pouco importa. Pelo menos na visão do presidente paranista. ?A tragédia rende notícia?, ironizou Miranda. ?Todo mundo vai ao circo para ver o trapezista cair?, emendou. ?Mas é possível atingirmos essa marca histórica. São cinco jogos difíceis, não resta dúvida. Mas, à exceção da derrota para o São Paulo, em todos os demais fizemos jogos equilibrados. Por isso, vejo a mobilização de todos nós como um fator decisivo para virarmos esse jogo?, afirmou José Carlos de Miranda.

É nessa força conjunta que aposta o dirigente ao longo da reta final. Acredita que o fato mais importante, no momento, é o sentido de união entre os integrantes do departamento de futebol – diretoria, comissão técnica e jogadores – e a torcida. ?Esse ambiente tem que ser o nosso diferencial nessas decisões que teremos pela frente?, finalizou Miranda. Além de Fluminense, o adversário de domingo (às 18h10), o Paraná encara, na Vila Capanema, os seguintes adversários, pela ordem: Flamengo, Internacional, Goiás e Santos.

Lori muda meio time contra o Flu

O Paraná Clube estará remodelado para o jogo contra o Fluminense, domingo, às 18h10, na Vila Capanema. O árbitro Carlos Eugênio Simon causou um mal maior, além da não-marcação de um pênalti a favor do Tricolor no clássico. Flávio, Nem, Neguete e Rafael Muçamba -justamente os pendurados -receberam o terceiro amarelo e desfalcam o time. O jogo contra o Flu é encarado como de vida ou morte.

Desta vez – e com a volta de Daniel Marques à zaga – o treinador deverá posicionar o Paraná num 4-4-2. Mesmo sabendo dos riscos, já que terá pela frente não apenas a segunda defesa menos vazada, mas um time equilibrado e com dois atacantes experientes e eficazes. ?Nunca houve jogo fácil. E a cada rodada a situação se complica. Por isso, é importante reagir o quanto antes?, prega Lori Sandri.

Além dos desfalques, o dilema do treinador é buscar maior volume de jogo. Para isso, precisa melhorar o setor de criação, onde Éverton não vem conseguindo manter o mesmo ritmo de jornadas anteriores. Além disso, Lori reconhece que, até o momento, não encontrou um parceiro ideal para Josiel no ataque. Até mesmo o artilheiro vem sendo cobrado. ?Tudo isso faz parte do nosso momento. Esse grupo precisa de uma seqüência de duas, três vitórias para recuperar a confiança?, avisou o técnico. Lori Sandri irá comandar dois coletivos, amanhã e sexta-feira, quando deve definir o time. Mas, ontem, passou a estudar a possibilidade de escalar outro meia-de-criação, sendo que, neste caso, Renan ou Robson seriam as opções. Se confirmar o 4-4-2, o volante Adriano – que não joga desde a partida frente ao São Paulo – deve voltar à equipe.

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