Há quatro rodadas sem vencer e sem marcar gols, o Atlético está sob pressão na Série B do Brasileirão. Pressão, essa, que, depois de causar mudanças no departamento de futebol do clube, já atinge a cúpula do clube. O descontentamento é tamanho que foi estampado no portão da Arena da Baixada, com as pichações “Vergonha” e “Vergonha Gigante”. Para o vice-presidente do conselho administrativo, José Cid Campêlo Filho, cabe ao clube administrar esse mau momento. “Esta pressão é legítima e sempre vai existir”, afirmou.
O dirigente admitiu que o projeto precisa ser replanejado. “Não se imaginava essa falta de resultados. Tudo se fez. Se gastou, se contratou pessoas, atletas, treinadores, mas não está dando certo”, admitiu Cid. Para tentar reverter a situação, o Atlético está refazendo o departamento de futebol. Trouxe Jorginho para comandar o time, está em busca de reforços e quer também um novo diretor de futebol. A aposta é que a reestruturação seja um marco para a retomada das vitórias. “As coisas vão melhorar. Com a entrada do Jorginho, eles estão conversando com os jogadores, vendo quem está bem, quem esta mal, os problemas físicos. Isso está sendo resolvido. Não sei por que ficou desta forma, mas se está assim tem que fazer algo. Está sendo feito o diagnóstico e tem que curar”, afirmou o vice-presidente.
Segundo o dirigente, enquanto o Atlético não se livrar dessa pressão nem mesmo trazendo um time completo as coisas mudariam de rumo. “Vamos esperar que os resultados venham o mais breve possível. Não estamos paradas, apenas olhando, estamos tentando resolver, mas não é do dia para a noite”, explicou Cid.
O que o vice-presidente espera também é que a torcida poupe o patrimônio do clube. Ele admite as cobranças e a revolta, mas não compactua com os atos do vandalismo. “Podem falar, mas não pichar o muro do clube. Que cobrem de outras maneiras. Se quiserem colocar cartaz não tem problema nenhum. O que não pode é trazer prejuízo para o clube. É ato de vandalismo”, reclamou.