O futuro político do Paraná Clube segue indefinido. Ontem, no início da noite, José Carlos de Miranda chegou a anunciar abertamente a sua desistência. Poucas horas depois, foi demovido pelos demais integrantes da sua chapa.
O ex-presidente tinha pretensão de apoiar Aramis Tissot, líder da “Revolução Tricolor”, grupo que conta ainda com os demais ex-presidentes do clube (Darci Piana, Dilso Rossi, Ernani Buchmann e Ênio Ribeiro).
“Inicialmente, ouvindo o discurso do Aramis e sabendo do projeto forte que eles apresentaram, tinha essa intenção, pela união política. Mas, meus companheiros não aceitaram. Então, vamos manter a “Alternativa Paraná Forte” para o pleito do dia 11 de novembro. A chapa foi oficializada com Miranda na posição principal, seguido de Daor Oliveira (1.º vice) e José Domingos Borges Teixeira (2.º vice). “Senti que nosso grupo é forte e como há discordância com algumas ideias apresentadas pela outra chapa, vamos à luta”, explicou Miranda.
Um dos pontos básicos para a não desistência está na pretensão da chapa oposicionista “Revolução Tricolor” de alterar o estatuto do clube. “Fomos nós que lutamos, lá atrás, pelo direito do voto do associado. E isso não deve mudar”, explicou Miranda.
O ex-presidente não descartou a possibilidade de uma composição, mas, pelas ideologias distintas, parece ser difícil imaginar algo neste sentido. Com a confirmação de um bate-chapa, torna-se inviável a ideia lançada pelo próprio Miranda, de que Aurival Correia transferisse imediatamente o comando do futebol para seu sucessor, que já poderia trabalhar a temporada 2010.