A participação de jovens atletas nos Jogos Especiais de Curitiba aumenta a cada ano. Desde 2005, o número de participantes nas competições cresceu 34%. No primeiro ano, estavam inscritos 890 atletas. Nos jogos de 2007, que começaram na segunda-feira, são 1.200 competidores com deficiências ou portadores de condutas típicas. Os Jogos Especiais são promovidos pela Prefeitura de Curitiba.

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O atleta Gustavo Henrique Lopes, 14 anos, da Escola Especial Nilza Tartuce, é um deles. Corredor dos 100 metros e 200 metros para deficientes mentais, grande destaque nas provas de atletismo, Gustavo é considerado um exemplo de atleta. Ele começou a carreira desportiva nos Jogos Especiais de 2006, quando a escola participou da competição com nove atletas. ?A participação nos jogos de 2006 motivou os alunos a treinar e a continuar praticando atividades esportivas?, conta o professor Ricardo Joaquim. O esforço de Gustavo deu resultado. Ele embarca em outubro para a China, onde representará o Brasil no Special Olympics, competição para crianças e adultos portadores de deficiência mental. O atleta recebeu o apoio dos professores, que se reuniram para dividir as despesas da viagem.

Segundo o  professor Ricardo Joaquim, a participação nos Jogos Especiais tem ajudado no aprendizado dos alunos. ?Eles sabem que devem estudar para poder participar da competição?, afirma. Por causa desta motivação, a escola construiu uma cancha de areia para os alunos treinarem salto à distância. A experiência da Nilza Tartuce também pode ser vista em outras escolas inscritas nos jogos.

?Os Jogos Especiais são uma oportunidade de todas as escolas se integrarem e dos alunos trocarem experiências fora do ambiente de ensino?, explica o secretário municipal do Esporte e Lazer, Raul Plassmann. Esta sociabilização é uma das qualidades elogiadas pelo professor de educação física do Pequeno Cotolengo Felipe Fernandes. Ele conta que quando os jovens saem para competir ficam felizes.

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