O técnico Juan Ramon Carrasco já tem definida a base do Atlético que estreia no Campeonato Paranaense, dia 22, contra o Londrina. Embora ele não admita que o time está pronto, a maneira de atuar não tem mais segredo: o Furacão vai jogar com três atacantes. Além disso, por ora ninguém terá vaga cativa como titular. “Titular é aquele que melhor se aplica. Vamos jogar com três atacantes sempre e qualquer um pode fazer gol”, assegurou Carrasco, que na conquista do campeonato uruguaio do ano passado teve o melhor ataque da competição.
As palavras do treinador foram colocadas à prova no primeiro jogo treino do Atlético nesta temporada. O time, que deve ser a equipe titular contra o Londrina, venceu o Laranja Mecânica, de Campo Largo, por 6 x 1. Porém, os atacantes ficaram devendo. O único homem de frente a marcar foi Éderson, que entrou já no finalzinho do jogo.
O caminho dos gols foi aberto por Marcinho, com Deivid fazendo 2 x 0 e Paulo Baier, em bela cobrança de falta, fechando o primeiro tempo em 3 x 0. Na etapa final, Héracles, Deivid e Éderson fecharam o placar. Carrasco acompanhou o time de longe, fazendo algumas orientações esporádicas. O comando à beira do campo foi do auxiliar Omar Garate.
No time, uma surpresa: a lateral direita agora é do jovem João, de 19 anos, que subiu para o juniores em 2011, e passou de zagueiro a lateral. Este ano, já na primeira semana de avaliações, João chamou a atenção de Carrasco, que o promoveu ao profissional. O zagueiro é o único jogador que o treinador admite ter espaço no time. Por enquanto, Carrasco não vai avaliar e nem comentar sobre qualquer atleta.
O treinador também não fez uma avaliação da postura do time na vitória sobre o Laranja Mecânica. A coletiva do treinador foi antes do Furacão ir a campo. Mas o desempenho não desagradou e o comandante deixou o estádio Fanático sorridente ao final do jogo. A obediência tática dos jogadores foi o que mais chamou a atenção dele ontem. Mesmo com uma semana de treino, o time não fugiu ao esquema desenhado pelo treinador. Paulo Baier que sempre jogou muito próximo dos atacantes, ontem estava mais para primeiro volante, deixando Deivid livre para subir, pela velocidade maior que tem. No meio-campo, apenas Marcinho de apoiador; na frente, “Morro” García atuou centralizado e Nieto de ponta direita. Já Ricardinho foi o ponta esquerda.
O zagueiro Manoel, que não jogou, por ainda estar na fase inicial de preparação depois de 5 dias de atraso na reapresentação, deve ser titular. Mas até lá, Bruno Costa joga pela direita e Gustavo pela esquerda. Assim como Manoel, Guerrón também não foi testado ainda. O goleiro Renan Rocha, com dores no joelho, foi poupado e Rodolfo foi seu substituto – outro jogador que em uma semana conseguiu agradar o treinador.
Gramado bom
A briga entre Coritiba e Federação Paranaense de Futebol, para a liberação do Couto Pereira como casa provisória do Atlético, até que a Arena da Baixada fique pronta, é assunto que não faz parte do dia a dia do CT do Caju. A comissão técnica procura se manter afastada da confusão que a indicação causou. Para Juan Ramon Carrasco, o local da partida é o que menos importa. “Se o gramado estiver bom, não importa onde vai jogar”, declarou. Mas para quem cuida da logística do clube antes dos jogos, a preocupação passa a ser grande. Até que se defina o novo local, a equipe não pode planejar a estreia do time no Campeonato Paranaense.
Nenhum reforço será pedido
O torcedor do Atlético não deve aguardar grandes surpresas para o elenco antes da estreia com o Londrina, pelo Campeonato Paranaense. Após uma semana comandando o elenco, o técnico Juan Ramon Carrasco ainda não pediu nenhum reforço e nem ,deve fazê-lo, por enquanto.
Para o treinador, o momento é de terminar as avaliações e antes que isso aconteça todo mundo segue ainda com chances de ficar no Furacão. As dispensas só devem ser efetivadas quando os reforços começarem a chegar.
Carrasco não quis pedir reforços pro achar um exagero da sua parte, dado o número de jogadores que o Atlético tem hoje e que estão trabalhando com ele. “Estamos avaliando, havia muitos, muitos jogadores. Seria injusto pedir, se tem aqui no Atlético. Estamos tratando de dar um pouco mais de tempo para ver se é necessário pedir reforço”, explicou o comandante.
O uruguaio prefere não revelar nem mesmo o número de jogadores que estão à sua disposição, mas já adiantou que gosta de trabalhar com pequenos grupos, e assim deve fazer no Furacão. O Atlético tem mais de 30 jogadores no elenco, contando com alguns atletas da base que estão ainda em avaliação. “Para trabalhar, quanto menos, melhor. Essa é a nossa filosofia: que o jogador sempre tenha coisas para fazer e que, claro, seja do agrado dele”, explicou.