É praticamente certo que o jogo contra a Austrália, neste sábado, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, marque a despedida da seleção do torcedor brasileiro. A equipe só deverá atuar em território nacional depois disso em 12 de julho, na abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians. A programação prevê mais seis jogos até o Mundial após o embate com os australianos, mas todos deverão ser realizados fora do País.
Na próxima terça-feira, a seleção vai enfrentar Portugal em Boston, nos Estados Unidos. Em outubro, serão duas partidas, ambas no continente asiático. Dia 11 na Coreia do Sul contra a seleção local e dia 15, na China. O adversário, no Ninho de Pássaros de Pequim, será Zâmbia ou Gana.
Os dois amistosos de novembro ainda não estão marcados, mas deverão ser realizados também nos Estados Unidos. Em 2014, antes da Copa, haverá apenas uma partida preparatória e deverá ocorrer na Europa.
Os jogadores gostariam de atuar mais vezes diante da torcida, principalmente depois do apoio recebido durante a Copa das Confederações. “Espero que o jogo com a Austrália não seja o último aqui no Brasil. Aqui a gente sente a atmosfera que está em volta. É o nosso povo, nossa gente, que está torcendo, vibrando”, disse David Luiz. “Na Copa das Confederações foi um diferencial”, completou o zagueiro do Chelsea, garantindo conseguir sentir a energia de cada torcedor que apoia a seleção.
O capitão Thiago Silva também gostaria de ter mais contato com a torcida antes da Copa. “É sempre importante jogar diante da torcida. Não vou me esquecer nunca da Copa das Confederações, da harmonia com a seleção. Com o apoio da torcida, somos praticamente imbatíveis.”
O próprio presidente da CBF, José Maria Marin, disse que se dependesse dele o jogo contra a Austrália não seria o último da seleção em território nacional antes da Copa. “Vou tentar trazer pelo menos mais uma partida para o Brasil”, disse, na semana passada, em São Paulo.
Para isso, porém, Marin vai precisar ter um extraordinário poder de convencimento. Isso porque os direitos comerciais e de mídia sobre os amistosos da seleção brasileira foram vendidos para empresa suíça Kentaro, que prefere realizá-los em países que ofereçam bom lucro.