Sem qualquer objetivo especial em mente, o Paraná Clube se despede hoje do Campeonato Paranaense – às 15h40, no Janguitão – contra o J. Malucelli. Competição para ser esquecida pelos tricolores. Depois do sufoco na primeira fase,
o time confirmou a fragilidade na etapa decisiva, sendo superado nos clássicos e relegado a um “cumprimento de tabela” nas últimas rodadas. Por tudo isso, o jogo desta tarde também servirá para o Tricolor tentar virar a página, e dar início a vida nova a partir de amanhã, quando inicia de forma mais concreta a preparação para a Segundona.
Nesse processo, deverá sobrar também para o técnico Wagner Velloso. Por mais que o assunto seja evitado pelos dirigentes – o presidente Aurival Correia chegou a “bancar” Velloso no cargo -, é pouco provável que a opção final seja pela continuidade do trabalho desenvolvido nos últimos 54 dias.
“Estou tranquilo e com a certeza de que fiz o meu melhor até aqui. Cheguei com a missão de evitar o rebaixamento e fomos além”, diz Velloso, sem ter uma confirmação oficial de sua saída, até o momento. “Não falei com ninguém. Só vejo esse assunto na imprensa. Sei também que o futebol é dessa forma mesmo.”
Velloso mantém o mesmo discurso da chegada, assegurando que se sente preparado para comandar o clube também na Série B. “Não mudei nesses quase dois meses.
Me considerava preparado lá atrás, quando assumi o desafio. E, não mudei de opinião”, explica o treinador, que vê com bons olhos a chegada de reforços para a disputa da Segundona. “É verdade que levará algum tempo, pois alguns não estão na melhor forma física.
Mas era necessário se reforçar e o clube está fazendo isso”, comentou o treinador, que nos últimos dias recebeu cinco novas peças para o restante da temporada.
E, falando em peças, Velloso passou a semana com um quebra-cabeça à sua frente. Se a boataria o treinador deixou de lado, teve que encarar de frente a dificuldade para armar uma equipe para o “bota-fora” no Paranaense. Além de Bruninho, suspenso, e Fabinho, lesionado, o treinador recebeu a orientação para não escalar atletas que estão em processo de rescisão contratual.
Assim, ficou também sem Edu Silva, Jonathas, Hernani e Gedeon. O jeito foi improvisar e chamar garotos da base para compor o banco de reservas. Mas, na real, quem está preocupado com este jogo?
