O Atlético decide amanhã, contra o Atlético-GO, muito mais que uma vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil. O resultado do jogo contra os goianos vai definir o futuro do Furacão na temporada 2007. Se for eliminado, o time da Baixada deve passar por uma grande reformulação, que começaria na comissão técnica.
A eliminação nas semifinais do Paranaense colocou em xeque o cargo do técnico Vadão. Não tanto pela perda do título em si, já que o estadual sempre foi colocado em segundo plano pelo clube. Mas pela falta de regularidade da equipe, que não consegue manter uma seqüência de resultados convincentes.
Vadão teve todo o tempo necessário para lapidar o Rubro-Negro. Para dar ao time titular 30 dias de pré-temporada, a diretoria concordou em iniciar o estadual com uma equipe reserva. Mas mesmo com um mês de preparação e a chegada de reforços como o zagueiro Marcão e o atacante Alex Mineiro, o time continua apresentando os mesmos problemas do ano passado.
O ataque continua devastador como um furacão. Já são 72 gols marcados na temporada, o melhor desempenho do futebol brasileiro em 2007. Mas a defesa… Segue inconstante e confusa e já foi buscar a bola no fundo das redes 40 vezes este ano. Situação semelhante a 2006, quando a equipe fez 119 gols, mas sofreu nada menos que 98.
É leviandade colocar toda a culpa nas costas do treinador. O elenco tem carências visíveis, como a insolúvel lateral esquerda e o miolo da zaga, que continua falhando constantemente nas bolas aéreas.
Assim, o alerta vermelho está aceso no CT do Caju. Só a classificação na Copa do Brasil, prioridade absoluta do clube, pode salvar o primeiro semestre. ?Temos de conseguir a vitória. Quando você começa a vencer, ganha mais tranqüilidade para fazer as jogadas. Estamos fazendo bons jogos, mas não estamos conseguindo a regularidade das vitórias?, diz Alex Mineiro, o principal artilheiro do País este ano, com 19 gols.
Mas uma vitória simples não basta. O Furacão precisa fazer pelo menos 2 a 0 para seguir na competição. Se sofrer um gol, terá que marcar ao menos quatro para não decidir nos pênaltis. ?Temos de ter o espírito do jogo com o Vitória (3 a 0). Nós nos preparamos muito e vamos reverter. Os jogadores estão chateados, mas prontos. Sabemos do potencial deles e com a apoio da torcida vamos para o jogo?, afirma Vadão.
Para chegar lá, a primeira tarefa é não deixar que a eliminação no estadual abale emocionalmente o elenco. ?Logo após a partida (contra o Paraná) já conversamos para que este resultado não influencie. Todos os jogadores estão tristes, porque tínhamos a meta de chegar à final do Paranaense. Esse também era o foco, mas infelizmente não deu. Agora, nosso objetivo é só a Copa do Brasil?, conclui Alex Mineiro.
Palmeiras quer Denis, mas tem que pagar R$ 8 milhões
O interesse do Palmeiras em Denis Marques vai esbarrar no valor pedido pelo Atlético. O clube paulista quer contar com o atacante no Brasileirão e já fez até uma sondagem junto à diretoria rubro-negra. Porém, o Furacão não se desfaz de Denis por menos de 4 milhões de dólares (cerca de R$ 8 milhões), valor considerado impraticável para um clube brasileiro.
A imprensa de São Paulo noticiou ontem que o empresário de Denis, Paulo Sérgio Bellotti, estaria negociando o atacante com o Verdão. Mas a informação foi negada por Bellotti em contato telefônico com a Tribuna. ?O Palmeiras já esteve reunido com o presidente (Mário Celso Petraglia, do Atlético). Agora, estamos aguardando uma proposta mais concreta?, afirma.
Porém, um acerto entre os clubes é considerado muito difícil. ?Não estou muito confiante. Estamos abertos para conversas, mas creio que o Atlético vai aguardar a abertura do mercado europeu, quando certamente vai surgir alguma proposta?, diz Bellotti.
Ou seja, o mais provável é que Denis Marques seja vendido a algum clube da Europa, a partir de junho, quando uma nova janela de contratações será aberta no Velho Continente. Seu contrato com o Furacão vai até o final de 2009.
