As duas semanas em Pouso Alegre (MG), além de reservadas para trabalhos físicos e técnicos, têm, de acordo com os dirigentes, a função de promover a união do grupo palmeirense, que teve problemas em 2002. O time estava dividido em grupinhos, alguns jogadores não se falavam e a falta de harmonia prevalecia no ambiente do clube.
Boa parte dos desentendimentos se tornou pública na reapresentação do elenco. O meia Pedrinho falou, pela primeira vez, de seu péssimo relacionamento com o técnico Levir Culpi. “Ele teve má intenção comigo”, comentou. O zagueiro Alexandre, por exemplo, não trocava palavras com o atacante Nenê e o meia Lopes. O jogador será negociado e Lopes transferiu-se para o Flamengo. O único que disputará a temporada pelo Palmeiras será Nenê. E o goleiro Marcos irritou alguns companheiros quando os criticou publicamente.
A delegação chegou à cidade mineira no início da tarde de ontem e a comissão técnica só tem uma preocupação: o excesso de badalação. O local onde o Palmeiras está hospedado, o Hotel Pousada Maracanã, está cheio de turistas e tem uma danceteria que funciona nos fins de semana.
Jair Picerni e seus auxiliares não gostaram do campo do hotel e, por isso, o time treinou numa escola do centro da cidade. Os trabalhos foram apenas físicos. O elenco retorna à capital no dia 19 e estréia no campeonato paulista no dia 26, contra o Mogi Mirim.