Sem terem recebido o salário de maio, os jogadores do Grêmio Maringá ameaçavam não entrar em campo domingo, contra o Iraty. A decisão, porém, foi suspensa depois de uma visita do goleiro Rondinelli, o zagueiro Dezinho e o meia Gérson Lente ao presidente do clube, Aurélio Almeida, que está preso em Curitiba, desde o último dia 10.
No Centro de Triagem da Polícia Civil, os três jogadores ouviram do dirigente que ele será libertado até esta sexta-feira e que, tão logo isso aconteça, o pagamento será feito. “Conheço o presidente há anos e ele sempre honrou a palavra”, disse Gérson Lentes, dando um voto de confiança ao cartola, que não soube explicar como sairá da prisão.
Em Maringá, teme-se que se o salário não for pago até a próxima semana, haja uma debandada de jogadores. Os advogados de Almeida ainda tentam um alvará de soltura para que ele responda em liberdade aos processos pelos quais foi condenado: estelionato e usurpação da função pública -este último, por ter comparecido à uma audiência na 1.ª Vara Criminal de Chapecó, utilizando policiais militares como seguranças.
Em Chapecó, o juiz Ermínio Amarildo Darol, responsável pela condenação, já pediu à Polícia Civil a transferência do presidente do Grêmio Maringá para a cidade catarinense. Até agora, ela não ocorreu por causa de um entrave financeiro-burocrático: os custos da viagem serão pagos pela Polícia Civil do Paraná ou pela de Santa Catarina? Almeida está em Curitiba porque a sua prisão ocorreu no Aeroporto Afonso Pena, quando tentava embarcar para a Espanha.
Domingo
O Grêmio Maringá voltou a treinar normalmente ontem. Domingo, o time joga em Irati, tendo as voltas do lateral-esquerdo Souza e do meia Gérson Lentes, que se contundiram no coletivo da última sexta-feira.