O Figueirense corre o risco de não entrar em campo contra o Cuiabá, nesta terça-feira (20), na Arena Pantanal, e pode perder por W.O. o jogo da 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O motivo é uma greve dos jogadores, pela falta de pagamentos dos salários do elenco do time principal, das categorias de base e dos funcionários.
Desde maio não são pagos os direitos de imagem dos atletas. Além disso, os vencimentos em carteira de julho e o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) estão pendentes. Por isso, os atletas não treinam desde a última sexta-feira (16) e existe a possibilidade de nem viajarem para o Mato Grosso.
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Neste domingo (18) pela manhã, ninguém do elenco apareceu para o treino que estava marcado. Em nota oficial, o clube garantiu que os salários de julho e dois meses dos direitos de imagens serão pagos no próximo dia 28. No entanto, no dia 25 vence mais um mês na questão das imagens.
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Internamente, a diretoria do Figueira trata a paralisação como ‘falta ao trabalho’. Alguns jogadores, vistos como os líderes do movimento, chegaram a ser ameaçados de rescisão de contrato. Garotos do sub-20 também correram o risco de serem dispensados. Porém, a greve está prevista no artigo 32 da Lei Pelé, que possibilita a paralisação e, inclusive, se negarem a atuar pelo clube em jogos, quando a remuneração estiver em atraso por dois ou mais meses.
Por tudo isso, a nota do Figueirense não foi bem vista pelos jogadores, que querem uma garantia de pagamento para a próxima terça-feira (20). Caso isso não aconteça, eles não entrarão em campo contra o Cuiabá.
No atual elenco do time catarinense, estão alguns jogadores que atuaram no futebol paranaense, como o lateral-direito Alemão Teixeira, ex-Paraná Clube, e os volante Julio Rusch, ex-Coritiba, e Zé Antônio, ex-Athletico.