Belo Horizonte – A balada dos meio-campistas Wagner e Francismar e do lateral-direito Jonathan, do Cruzeiro, terminou em confusão na madrugada de ontem. Por volta das 3h30, três mulheres, que se identificaram como garotas de programa, acionaram a PM e acusaram os atletas cruzeirenses, além do zagueiro Matheus, júnior do América-MG, de contratá-las e não efetuarem o pagamento combinado pelos serviços. Todos participavam de uma festa em um sítio na região da Pampulha, na zona norte de Belo Horizonte.

continua após a publicidade

No início da manhã, na 16.ª Delegacia de Polícia Civil da capital mineira, as garotas de programa prestaram depoimento e acusaram o caseiro do sítio, José Antônio Ferreira, 36 anos, de agressão. De acordo com a PM, elas disseram que foram agredidas depois que os atletas começaram a deixar o sítio sem efetuar o pagamento.

Uma delas – que pediu para não ter a identidade revelada -afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia que chegou a ser ameaçada com uma arma pelo caseiro, que impediu que elas seguissem os jogadores. Segundo ela, cada garota havia cobrado R$ 200 por programa.

Comemoração

Ferreira também prestou depoimento na delegacia. Ele negou ter agredido as garotas. ?Elas arrumaram uma briga entre elas mesmas?, disse.

continua após a publicidade

O caseiro afirmou que cedeu o espaço para a festa em troca de uma camisa do Cruzeiro e que os jogadores estavam comemorando a vitória do time mineiro sobre o Nacional (5 a 2), pela Copa do Brasil, no meio da semana.

No final da manhã, os atletas celestes negaram as acusações e disseram que foram convidados para a festa por um amigo, não permanecendo lá mais do que 30 ou 40 minutos. ?Somos todos comprometidos e não poderíamos ficar num ambiente como esse?, justificou Wagner.

continua após a publicidade

O diretor de comunicação do Cruzeiro, Valdir Barbosa, disse que o clube não iria se posicionar sobre a vida pessoal dos atletas. ?O Cruzeiro não pode proibir cerveja e mulher na vida dos jogadores.? Mas deixou claro que eles serão multados pela diretoria.

De acordo com o delegado Hélcio de Sá Bernardes, os envolvidos poderão responder criminalmente por prostituição e pelo seu favorecimento.