O título brasileiro conquistado neste domingo pelo Corinthians foi comemorado em forma de desabafo pela maior parte dos jogadores alvinegros, neste domingo, no Pacaembu. O discurso mais comum deles ao final da partida foi quanto à união do elenco, algo colocado em cheque durante boa parte da competição, principalmente quando o capitão Chicão foi afastado pelo técnico Tite, nas vésperas de um clássico contra o São Paulo.
“Eu sempre estava à disposição dele. Hoje (domingo) ele precisou de mim como volante e eu procurei ajudar. Não existe vaidade no grupo e está aí o resultado”, disse o zagueiro, que entrou no lugar de Willian na segunda etapa para recompor o meio-campo depois da expulsão de Wallace. O jogador também garantiu que permanece para a Libertadores de 2012. “Algumas pessoas estavam falando que o Chicão não vai ficar no ano que vem. Isso é mentira, tenho dois anos de contrato e quero cumprir. Conquistei vários títulos aqui já e quero conquistar mais.”
Jorge Henrique também falou sobre a união do grupo corintiano, negando que tenha se desentendido com Chicão durante o Brasileirão. “O que fizemos no decorrer da competição, ficando 27 rodadas na liderança, mostra que o grupo é forte, um grupo unido. Esta família está de parabéns pelo título”, ressaltou.
Outros jogadores, como Liedson e Alessandro, preferiram lembrar das dificuldades passadas pelo clube durante toda a temporada. “Depois que tudo que passamos contra o Tolima, terminar o ano assim, conquistando o título, é fantástico”, comentou o lateral-direito, capitão da equipe nesta reta final do Brasileiro.
Já Liedson fez questão de destacar que jogou boa parte da competição sentindo dores e que está há um ano e meio sem férias, uma vez que veio de Portugal ao fim da temporada de lá e mal chegou e já estreou como titular do Corinthians. “A gente até esquece a dor. Agora é voltar em janeiro 100%. Espero não mais passar por essa situação de um ano e meio sem tirar de férias”, disse ele, que também elogiou a força do elenco. “Um grupo desse tão unido não tinha como não ser campeão.”
Se o luso-brasileiro chegava ao seu primeiro título brasileiro, o também atacante Emerson comemorava algo inédito no País. Ele se tornou tricampeão em sequência, por três times diferentes, já que esteve nos elencos de Flamengo e Fluminense nos dois últimos anos. Emerson já ostentava um pingente com a taça do Campeonato Brasileiro e um número 3 em sua base. “Ter o privilégio de ser o único é sem preço. Deus é bom demais comigo”, disse ele, que mandou fazer a joia há dois meses. “Acreditava muito, tinha certeza, o grupo merecia.”