O zagueiro Paulo André parece ter encontrado a fórmula para tentar tirar o Atlético da crise: jogar mais e falar menos. Segundo ele, os jogadores estão devendo mesmo e precisam mostrar mais futebol do que estão apresentando até aqui. Para sábado, a promessa é de reviravolta na situação, que já ameaça o cargo do técnico Givanildo de Oliveira e pode resultar em mexida no elenco também. O confronto contra os cariocas acontece às 18h10, no Maracanã.
?Estamos projetando uma vitória. Viemos de dois resultados ruins, sabemos que não temos desempenhado bem o nosso papel, por isso nada melhor do que treinar, falar menos e jogar mais?, aponta o zagueiro. Pra ele, o clima é triste devido aos resultados ruins, mas é possível mudar isso pelo nível do elenco. ?A gente sabe que faltam algumas coisas ainda. O professor tem passado correções nos nossos movimentos dentro de campo e eu tenho a certeza de que a gente vai melhorar, mas temos tido um pouco de azar?, destaca.
Os problemas, na análise de Paulo André, são os passes errados e o espaço dado aos adversários. ?Essas coisas precisam ser corrigidas, nos treinos e nos jogos, mas tenho certeza que estamos minimizando esses erros e logo as coisas vão encaixar?, projeta. Além dessas correções, ele lembra que ainda falta atitude ao time. ?A gente não tem aquele espírito guerreiro que tinha anteriormente. Isso tem que mudar, a gente tem sentido essas derrotas, mas somente nós é que podemos reverter essa situação?, analisa.
Cientes dessa situação, jogadores e o treinador tentam arrumar a casa para a partida deste sábado. Givanildo já anunciou que vai mexer e bastante na equipe. A tendência é que Jancarlos volte após cumprir suspensão automática. Na ala-esquerda, Ivan deve ganhar a condição de titular no lugar de Fabrício. Na frente, Dagoberto, se tiver condição, poderá ser a novidade para jogar ao lado de Pedro Oldoni. Contra o Botafogo, o provável time terá Cléber; Danilo, Alex e Paulo André; Jancarlos, Alan Bahia, Erandir, Ferreira e Ivan; Evandro (Dagoberto) e Pedro Oldoni.
Leão continua ciscando na área rubro-negra
O técnico Émerson Leão resolve para onde vai até o final de semana e dá sinais de que seu destino pode ser mesmo o Atlético. Cheio de mistério, ele vem declarando que tem três propostas nas mãos, uma delas bastante cabeluda, mas diz que não tem medo de assumir desafios. No entanto, ele quer esperar seu possível clube se ?livrar? do atual treinador antes de falar qualquer coisa. Na Baixada, Givanildo de Oliveira está com prazo de validade quase esgotado pelos resultados decepcionantes. Caso não dê certo com Leão, o plano B é Toninho Cerezo, que recentemente abandonou o Guarani.
?Tive uma proposta de fora (do País) e duas de dentro. Participei inclusive de um diálogo com um dirigente, que, como sempre, tinha urgência. Mas deixa eu pensar um pouquinho. O ideal seria depois da Copa?, disse Leão. Ele chegou a conversar com o misterioso dirigente em São Paulo, mas não revelou nem a cor da camisa dessa equipe. Só disse que os pretendentes têm treinador empregado. ?Isso torna a situação desagradável?, apontou. De qualquer forma, ele afirmou que nos próximos dias dá uma resposta e define para onde vai.
Além do Atlético, o Flamengo e Corinthians sondam o profissional para uma eventual troca de comando. O diretor de futebol do clube carioca, Kléber Leite, desmentiu as conversas, mas o técnico Waldemar Lemos não goza de uma situação confortável na Gávea. No Parque São Jorge qualquer derrota do Timão faz o clube entrar em ebulição, por isso o nome de Leão sempre está em voga. Por projeto e condições de trabalho, a preferência seria mesmo pela Baixada.
O problema maior é o salário. Se Mário Celso Petraglia, presidente do conselho deliberativo, entrar num acordo com o ex-técnico do Palmeiras, a possibilidade de contratação é boa. Se não der, o primeiro nome na sequência é Toninho Cerezo. O ex-volante da Seleção Brasileira foi um nome forte antes da contratação de Lothar Matthäus. Agora, ganha novamente um lugar de destaque na lista rubro-negra.
Pronunciamento
Através de nota oficial na internet, a diretoria do clube desmentiu qualquer contato com Leão e que não tem interesse na troca de comando da equipe. ?As especulações feitas durante todo o dia não possuem o menor fundamento. A diretoria do clube rechaça qualquer tentativa de desestabilização do atual comando técnico?, diz o comunicado.
Um elogio de sua majestade à Baixada
Na assinatura da parceria entre Pelé, Instituto Pequeno Príncipe e Atlético, o principal jogador de todos os tempos rasgou elogios para a estrutura que viu. ?Puxa!, o Santos ganhou tantos títulos, o Flamengo tem a maior torcida, tem um Corinthians, e nenhum tem um estádio assim?, apontou. Numa noite histórica no Estádio Joaquim Américo, o Rei lançou a nova campanha de locação de camarotes (cuja parte da renda será revertida para pesquisas pediátricas) e ainda se tornou oficialmente cidadão honorário de Curitiba.
?Essa parceria começou de uma idéia de reunir Pelé e o Pequeno Príncipe para nós tocarmos esse projeto em frente. Parecia um sonho, agora se tornou realidade e nós vamos ajudar a salvar vidas de muitas crianças?, declarou. Sua majestade se uniu ao Instituto Pequeno Príncipe e o Rubro-Negro entrou na parceria contribuindo com um camarote para uso da entidade e mais parte dos recursos angariados com a locação dos demais camarotes para ajudar nas pesquisas.
?Sei do sacrifício que foi para construir esse estádio aqui e esse Instituto vai seguir esse exemplo e nós vamos levantar o Instituto com garra, com trabalho, porque aprendi a trabalhar em conjunto?, disse. Ele aproveitou a ocasião para agradecer o título de cidadão honorário da capital dado pela Câmara Municipal de Curitiba. ?Quero agradecer a Deus essa oportunidade de estar aqui e receber o título porque eu já vim aqui várias vezes e falava que era uma pena não poder jogar naquele estádio?, finalizou.