Belo Horizonte – No momento em que começa a se recuperar no Brasileirão – pode, após 22 rodadas, deixar a zona de rebaixamento -, o Atlético-MG enfrenta um sério problema. Ontem, os jogadores decidiram fazer greve por causa do atraso no pagamento dos salários. Na manhã de ontem, houve treino normal no CT de Vespasiano. Mas à tarde, os jogadores decidiram ir embora, antes do treino.
A decisão de não treinar à tarde foi comunicada por uma comissão formada por 4 jogadores: Marques, Rodrigo Fabri, Euller e Danrlei. A comissão técnica, funcionários do departamento de futebol e seguranças também deixaram o CT. O presidente do Atlético, Ricardo Guimarães, disse que recebeu a notícia com surpresa. Informou que o clube deve dois meses de salários aos jogadores, mas lembrou que havia feito um acordo com o elenco, terça-feira, para o pagamento de uma parte dos débitos até o final da semana – o restante da dívida seria quitado no próximo mês.
?O Atlético está cumprindo a sua parte. Já está com os cheques prontos e os entrega amanhã (hoje) aos jogadores e não entendeu porque se retiraram do treino?, disse Guimarães, que prometeu não fazer nenhuma retaliação diante do que classificou como ?atitude radical? dos jogadores.
?A diretoria está errada quando não paga salários, mas não adianta também uma caça às bruxas agora. Já temos confusão demais. O que precisamos é um mínimo de paz dentro da turbulência que a gente já vive normalmente?, avisou o presidente do Atlético-MG. Os jogadores avisaram que trabalharão normalmente.
