Jogadores de futebol tem família agregada

Pai, mãe, irmãos, esposa e filhos. O núcleo familiar é composto com simplicidade em quase todas as casas brasileiras. Mas com os jogadores de futebol não é assim.

Bruno tinha uma estrutura familiar diferente. Seus pais se separaram e sua família, por longo tempo, era apenas a avó. Com o passar dos anos, vários amigos se aproximaram do goleiro, praticamente firmando uma relação de parentesco. Como “pagamento’ a esta ajuda, o jogador ajudava várias pessoas em Ribeirão das Neves, no interior de Minas Gerais.

Marcelinho Paraíba, ex-Coritiba e hoje no São Paulo, não sai de casa sem uma “escolta’. São quatro amigos que ele leva para a cidade que for, que pintam o cabelo da cor que o craque pinta e que fazem tudo, desde os trabalhos burocráticos até a necessidade de abrir caminho em alguma casa noturna.

Mas os jogadores não têm apenas os amigos. Os mais consagrados têm toda a família para sustentar – alguns compram apartamentos para a parentada; Romário, certa vez, teve que comprar um prédio para abrigar todo mundo.

Empresa ambulante

Além dos familiares, amigos e agregados, o jogador de futebol tem também uma “empresa” à sua volta – é preciso mesmo abrir empresa, pois muitos salários são pagos via pessoa jurídica, forma de reduzir o impacto do Imposto de Renda nos vencimentos -, formada por empresários, procuradores, advogados e assessores de imprensa. Um jogador de primeiro time também tem fisiologista, fisioterapeuta e nutricionista particulares. E um preparador físico sazonal, que o orienta nos períodos de férias. Acompanhamento psicológico? Só quando os empresários ou os clubes pensam nisso.

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