Jogadores alviverdes contam com a torcida no clássico de amanhã

Mesmo jogando na casa do adversário, os jogadores do Coritiba esperam contar com a força da torcida no clássico de amanhã.

Foram reservados 3.500 lugares para a galera coxa-branca e a expectativa é que o espaço alviverde do Pinheirão esteja lotado. Até o final da tarde de ontem, cerca de 600 ingressos já haviam sido vendidos nas bilheterias do Couto Pereira.

Vindos de quatro vitórias consecutivas, os atletas alviverdes acreditam que a torcida está empolgada com a recuperação da equipe no Campeonato Paranaense. ?A nossa torcida vai lotar a parte dela, com certeza?, acredita Renan, que disputa seu primeiro clássico como profissional.

O time que vai tentar corresponder ao apoio da galera já está definido.

O técnico Márcio Araújo confirmou na tarde de ontem a entrada de Jefferson no ataque e Índio na defesa. Assim, a equipe vai a campo armada no 3-5-2, com Arthur; Marcelo Batatais, Índio e Henrique; Wilton Goiano, Rodrigo Mancha, Jackson, Renan e Julinho; Eanes e Jefferson.

Se a força da torcida é considerada fundamental, a pressão sobre certos jogadores preocupa.

Essa foi a justificativa do técnico Márcio Araújo para sacar do time titular o atacante Ludemar, que vinha sendo vaiado nos jogos no Couto Pereira. ?Nós vamos dar um descanso para ele, para que a torcida não tenha uma aversão generalizada?, diz o treinador.

Ao mesmo tempo em que apostam que a torcida do Coxa pode desequilibrar, os jogadores não se dizem preocupados com a pressão dos paranistas, que serão maioria no Pinheirão.

?Essa pressão é normal. Nós temos que estar acostumados. Principalmente quando se joga um clássico?, afirma o zagueiro índio.

E o torcedor coxa-branca que for ao Pinheirão será retribuído. Pelo menos é o que garante Wilton Goiano. ?Com certeza a torcida pode comparecer. Podem ter certeza que a gente vai estar visando sempre jogar bem e vencer. Mas se não conseguir dar o espetáculo, pelo menos que a gente consiga a vitória?, diz o lateral.

Nem capacete e nem guarda-chuva

A reunião com a Polícia Militar, para definir os detalhes de segurança para o clássico de amanhã, desagradou às torcidas organizadas de Paraná e Coritiba. O encontro, realizado na tarde de ontem na sede do Regimento de Polícia Montada, definiu que não será permitida a entrada de camisas e faixas das organizadas, além de fogos, sinalizadores, capacetes de motocicleta e guarda-chuvas.

?Não foi uma reunião para decidir nada. Apenas para nos comunicar?, diz Luiz Fernando Correia, presidente da torcida Império Alviverde, do Coritiba. Ele entende que as restrições estão prejudicando a festa nas arquibancadas, sem coibir a violência. ?Eles estão matando os jogos. Não entra nada e não podemos fazer a festa que a gente queria?, lamenta.

A opinião é a mesma do lado paranista. Para o presidente da Fúria Independente, Márcio Alexandre Silvestre, a decisão da polícia prejudica o clássico. ?Já não tem ido muita gente nos clássicos e ainda estão tentando acabar com a nossa festa. A gente fica chateado, porque não temos tido problemas em relação à violência?, diz.

A Império Alviverde cogita inclusive ir à Justiça para garantir a entrada do material da torcida nos clássicos. ?Vamos tentar conseguir uma liminar para impedir essa proibição. Estamos estudando e devemos dar entrada numa ação na semana que vem?, revela Luiz Fernando.

Pelo menos uma resolução comunicada na reunião de ontem agradou aos torcedores. Ao contrário do que vinha acontecendo nos últimos clássicos, haverá venda de ingressos para a torcida visitante amanhã, no Pinheirão.

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