Jogador curitibano sofre na Coréia do Sul

Sonho de nove entre dez boleiros, a oportunidade de atuar com um bom contrato no exterior virou pesadelo para o curitibano Edmílson Ferreira, o Castorzinho. Metido num rolo com empresários durante transferência para a Coréia do Sul, o ex-meia de Coritiba e Atlético chegou a passar dificuldades no oriente e, por enquanto, está impossibilitado de jogar.

Em fevereiro, Castorzinho, de 29 anos, defendia o XV de Novembro de Campo Bom (RS) quando recebeu convite para se transferir ao Daejeon Citizen, da 1.ª Divisão coreana. Deixou o time gaúcho, abrindo mão dos salários de janeiro, e partiu para o sudeste asiático atraído pela oferta de US$ 120 mil (R$ 210 mil) anuais, além de outros benefícios.

Na Coréia, o brasileiro assinou contrato e posou com a camisa do novo clube. Mas antes de estrear foi surpreendido por um agente coreano, intermediário do Daejeon, que exigia dele a assinatura de um segundo contrato de representação com agente. O pedido fere as normas da FIFA, pois Castorzinho já tinha contrato com o empresário brasileiro Luiz Gustavo Manhães. ?Além disso quiseram mudar o período do contrato com o clube. Como não autorizei a assinatura, deixaram de pagar as luvas e o impediram de treinar?, conta Manhães.

Como só trouxe dinheiro para alguns dias e contava com o pagamento das luvas, Castorzinho ficou sem rumo na Coréia. Só não passou fome pela generosidade de um empresário mexicano e um jogador holandês, que também era contratado pelo Daejeon.

?A alimentação por lá já é normalmente difícil. Comi três dias graças a essas pessoas?, conta o jogador. A situação só melhorou quando Manhães chegou à Coréia para tentar resolver o impasse.

Mas não houve evolução e o meia teve que voltar ao Brasil com o futuro indefinido. O empresário denunciou o clube na Fifa e entrou com ação indenizatória, pedindo o reembolso do valor prometido pelos três anos de contrato. Menos culpado em toda a história, o jogador ainda não pode entrar em campo, já que seus direitos federativos pertencem ao Daejeon. ?Larguei um bom contrato no XV. Mas era a chance de fazer meu pé-de-meia. Pena que a coisa não deu certo?, lamentou.

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