Não foi uma atuação “dos sonhos”, mas o técnico Toninho Cecílio exaltou a superação do time para novamente contornar os problemas e seguir na briga pelo primeiro turno do Campeonato Paranaense. O Paraná Clube, com um gol de “laboratório” do zagueiro Anderson, fez 1 x 0 no Atlético e derrubou um incômodo tabu de cinco anos. O Tricolor parte, agora, para uma sequência decisiva, valendo a ponta da tabela, contra Londrina e Coritiba. “Tenho que destacar o comprometimento desses jogadores. Clássico não permite jogo bonito e, após um primeiro tempo abaixo do esperado, eles reagiram e chegaram ao resultado”, disse Toninho Cecílio.
O treinador admitiu que sua estratégia de jogo era explorar um certo cansaço do Atlético, que jogara na quinta-feira. “Tinha a ideia de começar atacando com muita velocidade, mas, por alguns detalhes, não encaixou”, comentou. Como já acontecera em Toledo, o técnico paranista foi obrigado a alterar o posicionamento, trocando um jogador de velocidade no caso Néverton para a entrada de mais um meia organizador. Welington entrou no time e foi decisivo para o crescimento do time. “Houve mais consistência no meio-campo e com isso nosso jogo fluiu”, ressaltou Cecílio. Apesar da modificação, ele não descarta a hipótese de seguir com dois pontas para o jogo frente ao Londrina. “É ainda início de temporada. O mais importante é que tenho boas opções. Seja para ser mais ofensivo, para equilibrar o meio-campo ou até mesmo para fechar mais a defesa”, completou.
Foi o que aconteceu no fim do jogo. Com a entrada de Alex Bruno na vaga de Lúcio Flávio, o treinador compactou ainda mais a já sólida defesa. O Paraná ainda não sofreu gols nesta temporada, dando sequência àquilo que se vira na reta final da Série B. “Nosso time é muito eficiente na marcação. Eu e o Alex Alves nos entrosamos muito bem, mas um sistema defensivo envolve muito mais do que os zagueiros”, resaltou Anderson, destaque do time no clássico e o “carrasco” do Atlético.
