Agora é só assinar o contrato. Uma decisão da Justiça do Trabalho de Campinas determinou o fim do vínculo do meia-atacante Joelson, 25 anos, com o Ituano. Depois de quase seis meses parado, o jogador não vê a hora de entrar em campo para estrear com a camisa do Paraná Clube. ?É um desejo que vem desde o ano passado. Agora, quero dar a resposta com gols e uma grande campanha nesse Brasileirão?, disse Joelson, que desde a semana passada já treina com o grupo na Vila Capanema.
Em 2005, Joelson chegou a assinar pré-contrato com o Tricolor, mas o empresário Oliveira Júnior – ?dono? do Ituano – pôs obstáculos na transação e emprestou o meia para o Al Hilal, da Arábia Saudita. No início desta temporada, Joelson retornou do mundo árabe e imediatamente procurou o Paraná Clube e a L.A. Sports. Só que novamente a transação ?deu na trave?. Joelson conseguiu parecer favorável da CBF (através do consultor jurídico Valed Perry) para a impugnação do contrato registrado pelo Ituano.
Havia uma série de irregularidades na documentação, mas Oliveira Júnior obteve liminar na Justiça de Itu, cancelando esse parecer da CBF. O imbróglio se arrastou por quase cinco meses. Agora, através do advogado Augusto Mafuz, o meia-atacante obteve decisão favorável. ?A Justiça de Campinas, instância superior, concedeu medida cautelar cassando a liminar do Ituano e validando a decisão da CBF. Assim, o Joelson está livre para assinar novo contrato.
É só uma questão burocrática, que resolveremos até esta quarta-feira?, disse o empresário Luiz Alberto Martins de Oliveira Filho, sócio-proprietário da L.A. Sports. ?Só tenho que agradecer ao pessoal da L.A. e ao Vavá (Durval Ribeiro, diretor de futebol), que sempre me deram todo o apoio. Já me sinto em casa, aqui no Paraná, e espero ficar à disposição da comissão técnica o quanto antes?, disse Joelson. Pelo longo período de inatividade, o meia vai trabalhar nas próximas semanas com o preparador físico Marcos Walczak. Joelson assina contrato de três anos com o Paraná Clube. É apenas o segundo – e possivelmente o último – reforço do clube para a seqüência da temporada.
Caio torce por Portugal
O técnico Caio Júnior sabe que Portugal corre por fora na briga por uma vaga na final da Copa do Mundo. Mas, a exemplo da grande maioria do Brasil, torce pela seleção de Felipão e companhia. Não apenas pela presença de brasileiros, como Scolari e Deco, mas por uma questão de afinidade. Afinal, o treinador paranista viveu oito anos, em território português, jogando pelo Vitória de Guimarães, Estrela da Amadora e Belenenses.
?Meu filho, o Matheus, nasceu lá?, disse Caio Júnior, confiante na evolução que Luiz Felipe Scolari impôs à seleção portuguesa. ?Na minha época, a seleção não tinha prestígio, não tinha tradição?, lembrou. ?Aqui, é até difícil ter noção do que ocorria por lá. O que importava era o clube.
Nos jogos da seleção, o que se via eram estádios vazios?, explicou. ?Torcedor do Porto vaiava atletas do Benfica e vice-versa. Não havia espírito de seleção?. Para Caio Júnior, o estilo de Felipão mudou esse perfil. A rigor, a ?família Scolari? só mudou de país. ?Esse é o jeito dele trabalhar. Ele não só é vibrante na beira do campo como faz os atletas se fecharem em torno de um objetivo. Essa é a essência do treinador e quem não consegue essa unidade, não obtém retorno?, comentou Caio. ?Agora, ele já tratou de tirar um peso dos ombros dos atletas, pois sabe que o que vier, é lucro. A França é favorita, mas Portugal, se jogar com a mesma garra de jogos anteriores, pode surpreender, correndo por fora?, finalizou. (IC)