Depois de ver o Cruzeiro cair por 4 a 2 diante do Figueirense, na noite da última quarta-feira, em Ipatinga, pelo Campeonato Brasileiro, o técnico Joel Santana afirmou que o grande número de desfalques da equipe acabou pesando para o resultado. Por causa das baixas, o treinador se viu obrigado a escalar garotos da base do clube, os quais o treinador isentou de culpa pela derrota.
“Tivemos um começo bom, arrasador, em função da empolgação dos garotos. Mas a empolgação vai passando, vai passando, e o que fica? Fica o conjunto, a parte física, muitos jogadores sem jogar. Um time que não treina junto. O adversário não é bobo. Foi colhendo o resultado em cima dos nossos erros. Mas temos que isentar essa rapaziada aí de culpa. São garotos que estão começando. Em dois meses de clube, foi a primeira vez que os utilizei. Tirei os jogadores não porque estavam mal, mas para poupá-los, pois poderiam ficar tristes com as vaias, o que seria normal acontecer pela derrota do time”, afirmou o treinador, antes de admitir que o que tinha à disposição para o duelo era pouco para superar o Figueirense.
“Pagamos o preço de um time tecnicamente bom, mas jogamos com aquilo que a gente tinha. O que a gente tinha? Nada. Montamos o time e mandamos para o campo”, disse Joel, que entre outros não pôde contar com o meia Montillo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
O comandante, por sua vez, não escondeu o peso que teve a ausência do argentino diante do Figueirense. “Qualquer time que tem o Montillo depende dele. O jogador competente é assim. Até porque, não só como atleta, como jogador, ele leva um peso à equipe. Um peso de moral, de qualidade, de precisão, tem o respeito do adversário, que vai ficar preocupado com ele. É um jogador qualificado e, quando ele não joga, a equipe sente. Principalmente na qualidade da frente, de chegar ao gol. E hoje (quarta-feira) nós não tivemos esse tipo de jogada”, enfatizou.
O treinador ainda elogiou as estreia do atacante Bobô, que entrou no segundo tempo, e do zagueiro Cribari, contratado junto ao Napoli, da Itália. “Alguns jogadores estrearam. O Bobô eu gostei, vai ser útil para nós. Uma zaga nova. O Cribari fez uma boa partida. Alguns jogadores não vinham jogando, sentiram o ritmo de jogo. Essa foi a tônica hoje. Mexemos na defesa praticamente toda. Do goleiro ao lateral-esquerdo, só mantive o Leo. Os jogadores sentiram. Dos quatro gols que tomamos, dois foram erros nossos na saída de bola”, acrescentou.