Manchester City e Manchester United não saíram do 0 a 0 em um clássico de poucas emoções disputado nesta quinta-feira, no Etihad Stadium, pelo Campeonato Inglês. Donos da casa, os comandados de Pep Guardiola foram donos da posse de bola e chegaram a ficar com um jogador a mais na reta final da partida, mas pouco criaram e pararam na defesa bem montada pelo rival.
Em uma partida tão fraca, o destaque ficou por conta de Gabriel Jesus. O brasileiro começou no banco e atuou por seis minutos após dois meses e meio afastado do futebol, graças a uma fratura no pé sofrida no dia 13 de fevereiro. E com a estrela que tem mostrado em sua curta trajetória no City, ele chegou a marcar o gol que seria o da vitória nos acréscimos, mas estava impedido.
Foi também outro capítulo na rivalidade de Guardiola com José Mourinho, mas este um dos mais insossos. O resultado serviu para manter o City na zona de classificação para a Liga dos Campeões, na quarta colocação, com 65 pontos, um à frente do United, que é o quinto e hoje estaria na Liga Europa.
O JOGO – O City tomou conta do campo ofensivo desde os primeiros minutos e teve a principal chance da partida logo aos oito. De Bruyne e Zabaleta brigaram pela bola na direita, o belga ficou com ela e cruzou para Agüero, sozinho, na pequena área, acertar a trave.
O United respondeu aos 24. Martial avançou pela esquerda e cruzou. Bravo cortou, só que no pé de Mkhitaryan, que chegou batendo firme. O chileno se recuperou e impediu o primeiro gol. Mas o City era bem superior e seguia incomodando o gol de De Gea, quase sempre com Agüero.
Melhor em campo no primeiro tempo, o argentino levou perigo em duas oportunidades consecutivas. Aos 31, recebeu na intermediária e encheu o pé de longe, para grande defesa de De Gea. Somente dois minutos depois, foi acionado na entrada da área, cortou bonito o holandês Blind e bateu por cima.
O primeiro tempo era todo do City, que dominava a posse de bola e só não levava mais perigo por causa da forte marcação do United. Kolarov, então, tentou de longe, mas parou em De Gea aos 35. A resposta veio aos 44, quando Rashford cobrou falta e Herrera cabeceou para fora.
A etapa final pouco mudou o panorama da partida, que seguiu tendo o City superior em campo. Mas as chances que já eram escassas no primeiro tempo, praticamente não existiram nos últimos 45 minutos. Com um sistema defensivo bem postado, o United impedia qualquer infiltração do adversário. Agüero, agora bem marcado, quase não aparecia.
Assim, o domínio do City se tornou totalmente infrutífero. Em certos momentos, o time da casa beirou os 70% de posse de bola, mas De Gea se tornara mero espectador da partida. Sterling, então, arriscou novamente de longe aos 25 e deu algum trabalho ao espanhol.
Somente quando Fellaini perdeu a cabeça de forma infantil, o jogo ganhou alguma emoção. Aos 37 minutos, o belga recebeu cartão amarelo por matar um contra-ataque do City. Segundos depois, ele se desentendeu com Agüero, acertou-lhe uma leve cabeçada e foi expulso.
Imediatamente, Guardiola lançou a campo Gabriel Jesus e, mais uma vez, o brasileiro colocou fogo na equipe. Aos 43, recebeu amarelo por entrada dura em Rashford. E nos acréscimos, marcou de cabeça após assistência de Agüero, mas estava impedido. Melhor para o United, que jogou pelo empate o tempo todo e comemorou ainda mais o 0 a 0 com um jogador a menos.