Apesar de protagonista no amargo sábado atleticano, não foi em Irati que o argentino Javier Toledo marcou seu primeiro gol pelo Furacão. ‘El Negro Pepe’, aliás, pouco jogou. Aos 13 minutos do 1.º tempo, o atacante deu uma de ‘Loco’ e revidou a falta cometida por Gilvan. Esbarrou uma cabeçada no peito do adversário e sofreu como punição o cartão vermelho.
Talvez na terra natal de Javier o contato físico similar ao da tarde de ontem seja tolerado. Mas no Brasil – politicamente correto do árbitro Edivaldo Elias da Silva – não é bem assim. Como resultado, o Rubro-Negro ficou em maus lençóis quase toda a partida.
Sem Javier e jogando com 10, o time do Atlético ficou ‘desconfigurado’. Mesmo Paulo Baier, que na teoria entrou em campo com mais liberdade de criação e nenhum dever de marcar, precisou ajudar a equipe no combate e cansou já no fim do primeiro tempo. “Com a expulsão, ele teve que se movimentar muito. Interferiu bastante no time”, lamentou o treinador Leandro Niehues.
O zagueiro Rhodolfo, ao lamentar a falha defensiva na hora do gol, também comentou o efeito Javier contra o Iraty. “O defeito maior foi a expulsão, já que isso desgastou muito a equipe”, disse.
Um pouco mais de solidariedade com o companheiro argentino teve o volante Chico. Triste com o resultado, ele deu apoio ao atacante expulso. “Acho que todo mundo deu o seu melhor. Jogar com um a menos faz parte”, resumiu.