Quatro dias depois de chegar ao pódio em Melbourne por vias tortas, e um dia depois de 1.º de abril, o dia da mentira, uma mentira tirou de Lewis Hamilton o terceiro lugar no GP da Austrália.

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Ontem, em Sepang, a punição a Jarno Trulli, que na pista terminou a prova de abertura do mundial em terceiro e até recebeu seu troféu por isso, foi revista pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Trulli havia sido punido com acréscimo de 25s ao seu tempo total de prova (caiu para 12.º na classificação final) porque passou Hamilton sob bandeira amarela e com o safety-car na pista nas últimas voltas da corrida australiana. Momentos antes, ele havia dado uma escapada pela grama, e Hamilton o ultrapassou.

Como o safety-car estava na pista, o inglês da McLaren ficou em dúvida se deveria ou não devolver a posição a Trulli. Pelo rádio, o time disse que sim, enquanto consultava a direção de prova. Assim foi feito. Lewis tirou o pé, fez sinal para Trulli passar e, depois da corrida, o italiano da Toyota foi punido.

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A McLaren se fez de morta. Chamado à torre de controle para ser questionado sobre a ultrapassagem, Hamilton negou que tenha deliberadamente permitido que Trulli recuperasse o lugar. Afinal, uma punição ao italiano resultaria no ganho de uma posição. E a McLaren negou que tenha dado qualquer ordem.

Só que na Malásia, onde ontem à noite começaram os treinos livres para a segunda etapa do campeonato, a FIA decidiu reabrir o caso, embora a Toyota tenha desistido de recorrer da punição. A entidade usou uma entrevista de Hamilton e a gravação de sua conversa com a equipe pelo rádio para concluir que ele e a McLaren mentiram.

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Nesse clima, acontece o GP da Malásia domingo, às 6h (de Brasília), com treino que define o grid sendo realizado no mesmo horário na manhã de amanhã. Por alguns momentos, a Brawn GP, atração da primeira etapa e líder do mundial, foi deixada de lado. Na pista, tende a voltar ao centro das atenções.