A derrota de sábado por 1 a 0 para a Ponte Preta derrubou ainda mais o moral do São Paulo na temporada e foi especialmente ruim para o técnico André Jardine, muito ameaçado no cargo. Não à toa. Desde a passagem de Doriva pelo posto, em 2015, um treinador não tinha aproveitamento tão ruim à frente da equipe tricolor.
Somadas as cinco partidas em que dirigiu o time na reta final da última temporada com as nove em 2019 (entram na conta os dois amistosos pela Florida Cup), Jardine acumula quatro vitórias, dois empates e oito derrotas, o que representa 33,3% de aproveitamento, exatamente o mesmo desempenho obtido por Doriva nas sete partidas em que treinou a equipe em 2015 (duas vitórias, um empate e quatro derrotas).
Desde então, Ricardo Gomes comandou o time por 18 jogos e exibiu aproveitamento de 42,6%. Após a sua saída, Rogério Ceni esteve à frente da equipe em 37 jogos, com rendimento de 49%. Dorival Júnior, treinador seguinte do time paulista, acumulou 40 jogos e aproveitamento de 51,7%. Jardine, em 14 duelos, apresenta rendimento de 33,3%.
Para ser mais justo, descontando as três partidas de 2018 nas quais Jardine ainda não havia sido efetivado (empate com o Grêmio, vitória sobre o Cruzeiro e derrota para o Vasco) e os dois amistosos da Florida Cup (derrotas para Ajax-HOL e Eintracht Frankfurt-ALE) deste ano, ainda assim a performance de Jardine não melhora muito: seriam nove partidas, com três vitórias, um empate e cinco derrotas, ou seja, aproveitamento de 37%.
A diretoria deve bancar o treinador ao menos até quarta-feira, quando o São Paulo enfrenta o Talleres-ARG, no Morumbi, pela segunda fase preliminar da Copa Libertadores. Derrotado por 2 a 0 na Argentina, o clube brasileiro precisa, no mínimo, devolver o placar para levar a disputa às penalidades. Classificação direta, só com vitória por três gols de vantagem. Se for eliminado, dificilmente Jardine prosseguirá no comando.