A atacante Jaqueline, de 23 anos, terá uma defesa diferente da apresentada quando foi anunciado o resultado positivo para sibutramina em exame antidoping na Itália.
Dois meses depois de suspensa, ela será julgada quinta-feira, em Roma, pelo Comitê Olímpico Italiano (Coni). Ao saber do resultado do teste, que a tirou do Pan do Rio, Jaqueline atribuiu a contaminação ao consumo de chá verde contra a celulite, comprado na Itália. Mas, segundo a defesa que será apresentada pelo advogado Eugenio Gollini, a culpa é de um outro medicamento.
A defesa de Jaqueline dirá que a atleta adquiriu no Brasil, com receita médica, um remédio para queimar gordura, o CLA (Ácido linoléico conjugado), de um lote contaminado por sibutramina, substância encontrada em moderadores de apetite e proibida pela Agência Mundial Antidoping.
Em junho, o Comitê Olímpico Brasileiro foi formalmente informado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre a suspensão das atividades da empresa Integralmédica S/A, fabricante do CLA, por contaminação de produtos.
Segundo o agente da jogadora, Jorge Assef, o chá era natural e só se chegou ao CLA quando tudo o que Jaqueline usava foi investigado. Assef acha que a atleta atribuiu o doping ao chá porque realmente achou que poderia ter sido isso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.