O governo do Japão aprovou nesta sexta-feira um plano para reduzir o custo de construção do principal estádio dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, depois da oposição pública ao projeto inicial. A revisão, aprovada pelo gabinete governamental, prevê que o custo do estádio será de 155 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 4,57 bilhões), abaixo do plano inicial, de 252 bilhões de ienes (R$ 7,44 bilhões), que acabou sendo descartado em julho.
O plano prevê um estádio de 68 mil lugares para os Jogos Olímpicos, abaixo dos iniciais 80 mil, mas a capacidade poderia ser expandida para eventos posteriores.
O projeto anterior foi cancelado na sequência de um clamor público sobre o preço elevado, que era quase o dobro da estimativa original e o teria tornado o mais caro estádio da história.
O projeto para a nova instalação requer um estádio para “transmitir a requintada tradição e cultura do Japão para o resto do mundo” e misture bem o ambiente histórico e estético do tradicional templo xintoísta das proximidades, com amplo uso de materiais de madeira.
O governo pede o “melhor plano realista”, enquanto prossegue no esforço de corte de custos para o estádio, que será usado principalmente para eventos de atletismo durante os Jogos, e terá uma cobertura parcial, apenas acima dos assentos para o público.
Os contratados para a concepção e construção serão escolhidos no final de dezembro. “Temos de ter certeza de que o novo estádio nacional estará concluído a tempo para a abertura dos Jogos de 2020”, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe.
O cronograma de construção será extremamente apertado. O estádio não conseguirá sediar a Coopa do Mundo de Rúgbi de 2019, como originalmente planejado. O plano aprovado nesta sexta diz que o estádio deve estar pronto até abril de 2020, mas apela para um esforço de aceleração da construção para uma conclusão próxima de janeiro de 2020, para cumprir o prazo proposto pelo Comitê Olímpico Internacional.
