O técnico Jair Ventura foi oficialmente apresentado nesta sexta-feira como comandante do Santos para a temporada 2018. O treinador, que se destacou no Botafogo, já havia acertado com o clube paulista há cerca de duas semanas e vinha trabalhando desde então, mas somente agora teve o primeiro contato com a imprensa no CT Rei Pelé.
Logo nesta primeira entrevista como técnico santista, Jair falou sobre a expectativa para os possíveis retornos dos atacantes Robinho e Gabriel. “São dois jogadores que dispensam comentários. Têm uma identificação com o clube, fizeram uma história linda aqui. É inegável que gostaria de contar com eles, mas temos de ir com calma.”
Robinho está livre no mercado depois do término de seu contrato com o Atlético-MG, ao fim do ano passado, e é frequentemente especulado no Santos. Já Gabriel está em baixa depois de deixar justamente o time alvinegro com tanta expectativa. Fracassou na Inter de Milão e no Benfica, até o momento, e a expectativa é de que um retorno possa trazer de volta seu bom futebol.
Entre eles, o nome de Robinho parece agradar mais o clube, até por ser uma negociação teoricamente mais fácil. “O Robinho é um jogador fora de série, tem uma identificação com o clube. É um jogador que sempre está na mira. Houve conversas antes da minha chegada. Ele é capaz de tomar suas próprias decisões. Estamos tateando para entender as possibilidades”, admitiu o novo diretor executivo de futebol, Gustavo Vieira de Oliveira.
A chegada de nomes como estes seria importante para suprir as ausências de Lucas Lima e Ricardo Oliveira, que deixaram o clube, mas a diretoria já admitiu a dificuldade de negociar com atletas de peso por causa da situação financeira santista. Se não for possível contratar grandes reforços, Jair se mostrou satisfeito com o atual elenco.
“Nós sabemos das perdas que tivemos, do Lucas (Lima) e do nosso artilheiro (Ricardo Oliveira). São duas perdas técnicas significativas, mas o grupo é muito qualificado, com bons meninos”, considerou.
Enquanto tenta recontratar dois ídolos recentes de sua história, o Santos viu um outro deixar o clube ao fim da temporada. Elano, que vinha trabalhando como auxiliar e encerrou 2017 como técnico-interino da equipe, foi dispensado sem maiores explicações pela diretoria. Jair fez questão de garantir que sua chegada não tem qualquer relação com a saída do ex-meia.
“Não participei de mudança alguma. Tanto a dele (Elano) como a do Marcelo (Fernandes, outro auxiliar santista). Não participei de nada disso. Já estava definido antes da minha chegada. Não tenho nada contra o Elano, o Marcelo fez o curso comigo agora no final do ano na CBF. Não tive participação alguma nessas mudanças”, afirmou.